Direitos das mulheres

Mulheres ganham 20% menos que homens em mais de 50 mil empresas

As trabalhadoras do Brasil são ainda mais oprimidas que os trabalhadores e isso aparece nas pesquisas acerca do salário

O 2° Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, divulgado pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego, revelou que as mulheres ganham 20,7% menos que os homens no Brasil em empresas com 100 ou mais funcionários. Esse relatório, baseado nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2023, mostrou um aumento na desigualdade salarial em comparação ao relatório anterior, que indicava uma diferença de 19,4%. Esse crescimento da disparidade é atribuído, em parte, à criação de novos empregos formais em 2023, sendo a maioria ocupada por homens.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, enfatizou que a igualdade salarial entre homens e mulheres é uma prioridade para o governo federal. Ela ressaltou que o tema será debatido em fóruns internacionais, como o G20 e a ONU. A ministra destacou que, embora as mulheres sejam chefes de família em mais da metade dos lares brasileiros, elas continuam ganhando cerca de 20% menos que os homens para funções equivalentes.

Cida Gonçalves também argumentou que é crucial transformar a percepção da sociedade sobre os papéis de gênero, quebrando a ideia de que o salário feminino é um complemento ao masculino. Ela defendeu a inclusão das mulheres no desenvolvimento econômico do país, ressaltando que todas têm potencial e condições para prosperar, desde que recebam as oportunidades adequadas.

A realidade é que a mulher não está inserida na produção assim como o homem e por isso aparece inferior nesse tipo de dado. Em geral, ela ocupa os serviços menos remunerados nas empresas, assim como os negros. Às vezes tem o mesmo serviço e mesmo assim é menos remunerada. A emancipação da mulher passa pelo pleno emprego e pela garantia de que a maternidade não irá excluí-la do mercado de trabalho.

Mais informações sobre empresas com 100 ou mais empregados, no Brasil, em 2023:

  • em 31% destes estabelecimentos (15.737), a diferença salarial entre mulheres e homens é 5%;
  • 53% dos estabelecimentos (26.873) não havia pelo menos três mulheres em cargos de gerência ou direção da empresa para que os cálculos sobre diferenças salariais fossem realizados;
  • 55,5% das entidades utilizavam planos de cargos e salários como critério de remuneração;
  • 63,8% dos estabelecimentos cumpriam metas de produção como critério de remuneração;
  • 22,9% das entidades tinham política de auxílio-creche;
  • 20% das empresas tinham política de licença paternidade/maternidade estendida;
  • 42,7% dos estabelecimentos (21.658) tinham entre 0% e 10% dos empregados que eram mulheres pretas ou pardas;
  • 8,2% destas empresas tinham política de contratação para mulheres indígenas;
  • 0,2% (85) dos estabelecimentos não tinham mulheres empregadas formalmente, em 2023.

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