Em Perdizes, zona oeste de São Paulo, uma mulher de 52 anos foi derrubada, algemada e presa pela Polícia Militar na portaria do prédio em que mora. A mulher, claramente desequilibrada, foi acusada de cometer crime de injúria, inclusive racial, contra funcionárias de um mercado na última quarta-feira (31).
Segundo as vítimas, a mulher teria entrado no mercado, danificado mercadorias e equipamentos, passado a ofender as funcionárias, chegando a chamar uma de traficante de drogas e outras ofensas, a mulher ainda disse ser Policial Federal. Após a discussão, a mulher teria retornado a sua casa.
Acionada, a PM foi até a casa da suspeita e pediu que descesse até a portaria, o que foi acatado pela mesma. Uma vez lá, a mulher demostra claro desequilíbrio psicológico, no entanto, o policial afirma que irá conduzi-la a delegacia, o que ela se nega e tenta voltar para sua casa, no que é impedida pelo policial que segura sua blusa, a mulher revida com um tapa no policial.
Nesse momento, o PM a derruba no chão e imobilizou mulher, que foi presa em flagrante por desacato, injúria e injúria racial (crime inafiançável). Trata-se claramente de um abuso, o caso do suposto desacato, por exemplo, decorre da recusa da mesma em ser levada à força.
O fato mais importante é, contudo, a prisão em razão de xingamento. As leis que punem a opinião e que defendem a hora, são claramente elementos dedicados à censura, em particular da opinião política. A nova lei da opinião, que iguala racismo a injúria racial, isto é, a manifestação de opinião ou xingamentos que possa ser interpretado como “racista” eleva o grau de autoritarismo do Estado. Por mais absurdo e ridículo que uma pessoal possa falar para outra, não se justifica sua prisão imediata, ainda mais sem a devida apreciação do judiciário do caso concreto, mesmo porque o que é uma fala racista pode ser interpretado de diferente maneira pelo juiz.
Primeiro eles cidadãos como a mulher, vitima também da truculência da PM. Depois, levam todos. É preciso colocar-se sempre contra o crime de opinião e À favor da plena liberdade de expressão.





