O MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) está insatisfeito com as metas de assentamento e as políticas destinadas aos pequenos produtores rurais apresentadas pelo governo Lula. O movimento critica a lentidão da reforma agrária e a gestão do Incra, cobrando maior agilidade na regularização fundiária e ampliação dos assentamentos.
O programa Terra da Gente, lançado em abril para destinar terras improdutivas à reforma agrária, não atendeu às expectativas do movimento, que agora enfrenta uma redução na meta de 60 mil para 20 mil famílias assentadas.
“É difícil pra gente dialogar com a nossa base depois de todos esses anos de retrocesso na reforma agrária e não poder atingir nem mesmo uma meta mínima colocada desde 2023″, disse o MST em nota.
Desde o início do terceiro mandato de Lula, o MST tem pressionado por compromissos mais efetivos na reforma agrária, destacando casos de famílias que aguardam regularização há décadas. Em abril de 2023, o movimento organizou ocupações em 10 estados durante o “Abril Vermelho” para protestar contra a lentidão das políticas.
Embora o governo afirme estar implementando medidas para melhorar a eficiência na destinação de terras, o MST considera as ações insuficientes e tem dificuldades para dialogar com sua base, criticando o descumprimento de compromissos assumidos.
A crítica ao governo é correta, mas a solução não virá de Lula, mas do próprio MST. É preciso ampliar o movimento de luta pela terra, só assim o governo terá força para realizar uma política de reforma agrária.