O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) iniciou na última segunda-feira (15) a Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, cuja palavra de ordem para o ano de 2024 será “Ocupar para o Brasil Alimentar”.
A jornada consiste em uma série de ações e ocupações que terão movimento contínuo até a sexta-feira (19) em todas as regiões do Brasil e homenageará os 28 anos das mortes dos mártires de Eldorado dos Carajás e os 40 anos de lutas do MST.
Para marcar a abertura da jornada o MST divulgou na sua página uma carta ao povo brasileiro onde declaram:
“Lutamos, porque 105 mil famílias estão acampadas e exigimos que o Governo Federal cumpra o artigo 184 da Constituição Federal, desapropriar latifúndios improdutivos e democratize o acesso à terra, assentando todos e todas que querem trabalhar e produzir alimentos para o povo”. E continua o documento: “lutamos pela Reforma Agrária para que a terra cumpra sua função social: produzir alimentos saudáveis para o povo brasileiro e cuidar da natureza.”
A jornada mal começou, no entanto, e diversas ações já foram realizadas, dentre elas, por volta de 24 ocupações de terra distribuídas em 11 estados brasileiros.
Ocorreram ocupações de terra e montagens de novos acampamentos em Sergipe, Pernambuco, São Paulo, Goiás, no Rio Grande do Norte, Paraná, Pará, Distrito Federal, Ceará, Rio de Janeiro e na Bahia, também a construção de um acampamento em defesa da reforma agrária em Maceió (AL), a realização de uma Assembleia Popular no Maranhão, ocupação no Instituto Nacional de Colonização de Reforma Agrária (Incra) em Pernambuco, manifestação em Sergipe e uma Audiência Pública no Incra de Santa Catarina, a continuidade da Marcha Estadual em Defesa da Reforma Agrária na Bahia, e o Acampamento Pedagógico da Juventude Sem Terra, na Curva do “S”, em Eldorado do Carajás (PA).
É preciso apoiar as ações do MST e incentivar uma radicalização cada vez maior por parte do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, que foi um dos pilares fundamentais para colocar Lula na presidência pela terceira vez e que, portanto, deve cobrar do presidente que apoie e tome iniciativas no sentido de confiscar os latifúndios e distribuir as terras entre os trabalhadores de todo o Brasil para a reforma agrária.