Um homem libanês, Mohammad Srour, 57 anos, foi encontrado morto na última terça-feira (9), após ficar desaparecido por uma semana. A imprensa imperialista noticiou que o homem foi sancionado pelos Estados Unidos por seus supostos vínculos com o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e o Hesbolá.
Srour foi sancionado pelos EUA por, supostamente, fornecer “apoio financeiro, material, tecnológico, financeiro ou outros serviços” ao Hamas e por sua afiliação ao Hesbolá. O libanês foi acusado de transferir dezenas de milhões de dólares anualmente do Corpo de Guardas Revolucionários Islâmicos do Irã para a ala militar do Hamas, as Brigadas al-Qassam, essas que provocaram a maior crise da história de “Israel” .
Estas acusações foram negadas por uma fonte do Banco Central do Líbano, que afirmou que tais transferências nunca aconteceram. Os parentes de Mohammad Srour afirmaram, em rede televisiva, que todas as suas transações financeiras eram transparentes e que ele simplesmente trabalhava em casas de câmbio.
Investigação libanesa traz a tona que existe evidências de que o crime foi cometido pelo Mossad
Fontes de segurança libanesa revelaram detalhes por trás do assassinato de Srour, afirmando a ligação direta do Mossad, inteligência secreta de “Israel”.
Segundo as investigações, a vítima foi brutalmente torturada antes de ser assassinado na cidade libanesa, Beit Meri, afirmaram as fontes ao jornal libanês Al Mayadeen. Os assassinos transferiram o mártir Srour para um apartamento alugado por um mês em Beit Meri, norte de Beirute, para interrogá-lo usando o método da tortura.
Os libaneses responsáveis pela investigação, confirmam que Srour foi submetido a “tortura intensa” antes de ser executado e, por trás do crime, o Mossad israelense estaria no comando da operação. Segundo as fontes expressas, os assassinos estavam em contato direto com Telaviv durante o violento interrogatório.
O libanês foi baleado inúmeras vezes em seu corpo como forma de tortura, recebendo mais de 10 balas.
“Parece que o mártir Srour não confessou ao membro do Mossad o que eles procuravam, então o executaram e foram embora”, disseram as fontes do Al Mayadeen.
A família de Srour se pronuncia
Os familiares de Mohammad Srour realizaram uma coletiva de imprensa em sua aldeia, Labué, no norte do vale de Beca, contando com a presença de membros do bloco parlamentar do Hesbolá, o partido de Deus, com o seu bloco Lealdade à Resistência, na quarta-feira (10). Um membro da família leu uma declaração, agradecendo às forças de seguranças libanesas, especificamente à Agência de Informação, por revelar o crime, depois que Srour foi dado como desaparecido sete dias antes.
“Nossas perguntas são: Quem atraiu Haj Mohamad para este lugar, qual é o objetivo de atraí-lo, qual é o objetivo de matá-lo desta forma e neste momento, quais são os objetivos do crime e quem é o responsável por ele?” – Afirmava a declaração
“A família pede ao Estado libanês que cumpra suas responsabilidades. O povo de Labué e o norte de Beca insistem em descobrir e expor a verdade, e não vamos deixar seu sangue ser derramado em vão”, acrescentou a família.
O assassinato não é um raio em céu azul, já que “Israel” tem como método o assassinato e a intimidação contra elementos que se colocam contra o regime supremacista e racista que é o Estado sionista. Apesar do jargão “terrorista” ser comumente aplicado aos grupos que resistem a opressão, a realidade comprova justamente o contrário, o verdadeiro terrorismo, vem do estado de “Israel”, que se especializou neste método, aplicando-o diariamente há mais de 75 anos.