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Futebol Brasileiro

Morre Tonhão, a muralha alviverde da década de 1990

O ex-zagueiro do Palmeiras Antônio Carlos da Costa Gonçalves, mais conhecido como Tonhão, morreu nesta terça-feira (22), em São Paulo, aos 55 anos

Nesta terça-feira (22), faleceu Tonhão, o zagueiro histórico do Palmeiras. Antônio Roque Citadini, mais conhecido como Tonhão, foi um dos jogadores mais icônicos a vestir a camisa do Palmeiras na década de 1990. Nascido em Belo Horizonte, no dia 14 de fevereiro de 1969, Tonhão construiu uma carreira sólida no futebol brasileiro, ficando eternamente marcado pela sua raça, liderança em campo e o comprometimento com o clube alviverde.

Tonhão começou sua trajetória nas categorias de base do Palmeiras, onde logo se destacou pela sua força física, garra e espírito de liderança. Como zagueiro, era conhecido por ser implacável nas disputas de bola, características que rapidamente o tornaram um dos jogadores mais respeitados por seus companheiros e temidos pelos adversários.

Sua ascensão ao time principal ocorreu em um período de reconstrução do Palmeiras, que vivia uma fase difícil na década de 1980. Tonhão foi parte da espinha dorsal da equipe que, em 1992, começou a se transformar sob a parceria com a Parmalat, que trouxe reforços de peso para o elenco. Mesmo com a chegada de estrelas internacionais, Tonhão permaneceu como um símbolo da identidade do clube, personificando o espírito aguerrido que os torcedores tanto admiravam.

O ápice de sua carreira veio em 1993, quando ajudou o Palmeiras a conquistar o tão sonhado título do Campeonato Paulista, quebrando um jejum de 16 anos sem conquistas de grande relevância. Tonhão foi um dos pilares da defesa naquele time comandado por Vanderlei Luxemburgo, que se notabilizou por uma campanha histórica, superando o arquirrival Corinthians na decisão. Esse título não só marcou a retomada de conquistas do Palmeiras, como também consolidou Tonhão como um verdadeiro ídolo da torcida.

Em 1994, Tonhão fez parte da equipe que conquistou o bicampeonato brasileiro, em uma das campanhas mais dominantes da história do clube, com jogadores como Rivaldo, Zinho e Evair. Mesmo com a presença de craques no ataque, Tonhão, com sua solidez defensiva, foi essencial para dar segurança à equipe, garantindo vitórias em momentos decisivos.

Conhecido pelo seu carisma, Tonhão sempre teve uma relação muito próxima com a torcida palmeirense, que o via como uma extensão de si mesmo dentro de campo. Sua identificação com o clube foi tamanha que, mesmo depois de deixar o Palmeiras, Tonhão continuou sendo lembrado com carinho pelos torcedores e é presença constante em eventos e homenagens ligados ao clube.

Em nota, o Palmeiras e a Federação Paulista de Futebol lamentaram a morte do ex-jogador:

“A Sociedade Esportiva Palmeiras lamenta profundamente a morte do ídolo Tonhão, aos 55 anos. Bicampeão paulista e brasileiro em 1993 e 1994, Tonhão será sempre lembrado pela garra exibida dentro de campo e pelo amor dedicado à camisa alviverde, com a qual disputou 161 jogos e fez quatro gols. Prestamos nossas condolências aos familiares e amigos do ex-zagueiro, com quem nos solidarizamos neste momento de imensa tristeza e saudade”.

“A FPF lamenta o falecimento de Antônio Carlos da Costa Gonçalves, o Tonhão, na manhã desta terça (22). Tonhão era zagueiro e fez história no Palmeiras onde atuou entre 1988 e 1996, conquistando 3 títulos paulistas, além de um Rio-SP e dois Brasileiros”.

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