Neste sábado (9), uma bomba foi detonada na estação de trem de Queta, na província do Balochistão, sudoeste do Paquistão. A explosão, cuja autoria foi assumida pelo Exército de Libertação do Balochistão (BLA), resultou na morte de pelo menos 24 pessoas, deixando ao menos outras 60 feridas.
O ataque ocorre semanas após um representante do governo do Irã se reunir com representantes do governo do Paquistão em Islamabad (capital) para aprofundar a cooperação no combate a grupos terroristas na região do Balochistão.
Assim como ocorre na região do Curdistão, onde o imperialismo (especialmente os EUA) impulsiona grupos armados para desestabilizar o Irã, a Síria, o Iraque e a Turquia, sob o pretexto de uma luta por autodeterminação dos curdos, no Balochistão grupos armados também são incentivados pelo imperialismo para desestabilizar o Irã, o Paquistão e o Afeganistão. No caso, o pretexto é a luta nacional dos balochis.
Em 26 de outubro, quando “Israel” disparou mísseis contra o Irã, em uma tentativa de retaliação à Operação Promessa Cumprida 2 (1/10), um ataque simultâneo foi realizado na província de Sistão e Baluchistão, onde 10 guardas de fronteira iranianos foram assassinados por homens da milícia pró-imperialista Jaish al-Adl.
A intensificação de ataques na região do Balochistão, tanto contra o Irã quanto contra o Paquistão, é uma manifestação da tentativa dos Estados Unidos de desestabilizar a região, buscando especialmente enfraquecer o Irã no contexto da luta contra “Israel” e o sionismo.