Na manhã da última quarta-feira (5), agricultores sem terra do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Frente Nacional de Libertação (FNL) e da Comissão Pastoral da Terra (CPT) voltaram a ocupar a superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) de Alagoas.
A ocupação ocorreu porque, segundo os movimentos, o órgão ainda é controlado por bolsonaristas, mesmo após a eleição de Lula. Eles afirmam que a substituição de César Lira, primo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PL-AL), por Júnior Rodrigues, indicado também por Arthur lira, é “trocar seis por meia dúzia”.
De acordo com Comissão Pastoral da Terra (CPT), que divulga os dados todos os anos em relação à violência e aos assassinatos no campo, os números vêm batendo recordes significativos de 2017 para cá. Segundo as informações da CPT, em 2019, foram 1.833 conflitos, 23% a mais do que no ano anterior, e a maior quantidade dos últimos 15 anos.
O total de assassinatos cresceu 14%, atingindo 32. Quase metade (47%) foram lideranças, de índios ou rurais. Houve ainda 30 tentativas de assassinato (7% a mais) e 201 ameaças de morte (crescimento de 21%).