Milhares de trabalhadores da Volkswagen em nove fábricas de carros e componentes na Alemanha estão em greve nesta segunda-feira (2), paralisando a produção enquanto aumentam a crise entre a diretoria e o sindicato IG Metall sobre salários e o futuro das operações alemãs.
“Por quanto tempo e com que intensidade esta confrontação precisa continuar é responsabilidade da Volkswagen na mesa de negociações”, disse o porta-voz do IG Metall, Groeger, no domingo (1).
A greve está ocorrendo em instalações-chave, incluindo a sede da Volkswagen em Wolfsburg, a fábrica de Hanover, que emprega 14.000 pessoas, e outros locais importantes como Emden, Salzgitter e Brunswick. Trabalhadores das subsidiárias da Volkswagen Sachsen GmbH, incluindo a fábrica de Zwickau, que produz veículos elétricos.
As paralisações, que podem se estender por 24 horas ou até mesmo de forma indefinida caso as negociações fracassem, devem causar uma interrupção significativa na produção da Volkswagen, que já enfrenta queda nas entregas e lucros em declínio. O IG Metall convocou a greve após o término do tempo dado para a empresa atender as reivindicações dos operários.
As negociações devem ser retomadas em 9 de dezembro, com os sindicatos exigindo uma estratégia abrangente de longo prazo para cada fábrica da Volkswagen na Alemanha.
A Volkswagen rejeitou propostas do sindicato que incluíam economizar €1,5 bilhão ao renunciar a bônus em 2025 e 2026, mantendo sua posição por um corte salarial de 10%. A empresa também ameaçou fechamentos de fábricas na Alemanha, algo inédito em seus 87 anos de história.