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São Paulo

Manifestantes se reúnem na Paulista para defender a Palestina

É preciso aumentar a defesa nas ruas do povo palestino

A defesa da Palestina é uma causa que desperta a solidariedade e o engajamento de muitas pessoas, incluindo algumas organizações de esquerda no Brasil, mas a grande maioria não defende enfaticamente a resistência armada do povo palestino. Em meio a uma crise humanitária e à escalada de agressões contra civis, a mobilização se torna ainda mais urgente. Neste dia 28 de julho, um novo ato será realizado, e o trabalho de convocação tem sido intenso, visando garantir uma participação massiva. Este artigo destaca a importância desse evento e convida todos a se juntarem a essa luta.

No dia 30 de junho, a Avenida Paulista foi palco do Ato Nacional em Defesa da Palestina, reunindo milhares de manifestantes em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP). Sayid Tenório, vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal), destacou os 268 dias de massacre ininterrupto contra o povo palestino e a importância da resistência heroica do povo palestino para interromper esse massacre.

“O massacre dos sionistas contra o povo palestino não começou no dia 7 de outubro. O povo palestino está, há 76 anos, submetido a uma ocupação genocida, que pratica limpeza étnica, que rouba as terras, as casas, os sonhos e o futuro do povo palestino.”

Breno Altman, jornalista, enfatizou a importância da solidariedade internacional para pressionar os governos ocidentais a boicotar, sancionar e desinvestir no regime sionista, incluindo o Brasil. Ele elogiou as declarações do presidente Lula, mas afirmou que são necessárias ações práticas, como o rompimento de relações diplomáticas e comerciais com Israel.

“A ruptura de relações diplomáticas e comerciais por parte do estado brasileiro certamente terá um grande impacto no mundo, especialmente na América Latina.”

Altman defendeu que “Israel” seja transformado em um pária internacional para que a resistência palestina possa ampliar sua capacidade de combate e diminuir o alcance militar de “Israel”. Em entrevista à Causa Operária TV durante o ato, ele destacou a expansão da solidariedade ao povo palestino no Brasil, apesar das dificuldades. Ele vê com otimismo a evolução do movimento, observando uma crescente consciência em torno da questão palestina.

“Mesmo que lentamente, a gente consegue expandir a solidariedade ao povo palestino aqui no Brasil. Enfrenta dificuldades, mas começa a ver, cada vez mais, uma consciência solidária e combativa em torno da questão da Palestina. Vejo com otimismo a evolução desse movimento.”

Durante o ato na Avenida Paulista, Altman também destacou o impasse na situação na Palestina, com enorme pressão sobre o regime sionista pelo cessar-fogo e a expansão do conflito militar rumo ao Líbano. Ele lembrou que o Estado de Israel não consegue controlar a Faixa de Gaza e que a resistência palestina está conseguindo enfrentá-lo, aumentando a solidariedade internacional.

“Nós temos que fazer crescer a solidariedade internacional para que medidas práticas dos governos ocidentais sejam tomadas, de estrangulamento financeiro e diplomático de Israel. A solidariedade internacional é importante para ajudar a resistência palestina a ampliar sua capacidade de combate e reduzir, ainda mais, o alcance militar de Israel.”

Ele ainda afirmou que a manifestação deve servir de exemplo para outras e que todas as forças da solidariedade palestina devem organizar um calendário mais intenso e amplo de mobilização em favor do povo palestino e contra o Estado de Israel.

Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária (PCO), destacou a necessidade de uma campanha efetiva que mobilize a classe trabalhadora brasileira em defesa do povo palestino. Ele criticou a inação das campanhas no Brasil e pediu uma maior mobilização e apoio aos palestinos.

“Precisamos de uma campanha que, efetivamente, empolgue a classe trabalhadora brasileira, os setores democráticos da população, a juventude.”

Pimenta também criticou a deportação do palestino Muslim Abuumar e denunciou a influência de agentes do Mossad e do FBI na política interna brasileira, pedindo ao governo brasileiro que retifique esse erro.

Reda Souedi, presidente da Frente Progressista Árabe, expressou gratidão pela solidariedade da América Latina e do PCO em particular. Ele enfatizou que a resistência árabe-palestina está promovendo a luta armada em vários países do Oriente Médio e que a luta está próxima de alcançar o êxito na Palestina.

“Nove meses de massacres contra os civis, promovidos pela máquina militar ocidental, mas se acovardando [os israelenses] diante dos combatentes da resistência palestina.”

Em entrevista à Causa Operária TV, o professor Antônio Carlos Silva, dirigente do Partido da Causa Operária (PCO), destacou a importância do Ato Nacional em Defesa da Palestina.

“Estamos esperando reunir milhares de ativistas. Estão chegando caravanas de lugares mais distantes: vieram companheiros do Nordeste, do Norte, do Amapá. Já estão conosco os companheiros indígenas do Mato Grosso do Sul, os guaranis, e companheiros do interior de São Paulo.”

Silva destacou a amplitude da manifestação e afirmou que espera um ato muito combativo, reunindo companheiros de diversos movimentos, dos Comitês de Luta, dos movimentos palestinos de São Paulo e de vários lugares do país. Ele ressaltou a importância do dia para impulsionar a campanha de mobilização em defesa da Palestina, contra o genocídio e a favor da vitória do povo palestino.

O Ato Nacional em Defesa da Palestina na Avenida Paulista foi uma demonstração de solidariedade internacional e de apoio à resistência contra a ocupação e a violência sofrida pelo povo palestino. O ato foi convocado pelo Partido da Causa Operária, os Comitês de Luta, a Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), entre outras entidades e personalidades. Caravanas de todo o país chegaram a São Paulo para participar do ato na Avenida Paulista, uma das mais importantes da capital paulista, para defender o fim do genocídio promovido por Israel e a luta dos palestinos contra a opressão sionista.

Com esses exemplos inspiradores e a determinação demonstrada pelos militantes, a expectativa é que o ato do dia 28 de julho seja um ponto de inflexão na luta pela justiça e pela dignidade do povo palestino, fazendo, inclusive, com que organizações que estão paralisadas sejam forçadas a se movimentarem ainda mais. A participação de todos é crucial para fortalecer essa causa. Convocamos todos a se juntarem a nós neste domingo, dia 28, e mostrarem que a solidariedade internacional é mais forte do que nunca, tal qual a defesa à resistência heroica dos palestinos. Junte-se a nós e faça parte dessa luta em defesa da Palestina!

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