No último dia 19 de novembro, a operação militar especial desencadeada pela Federação da Rússia em território ucraniano, em resposta às investidas ameaçadoras da OTAN contra as suas fronteiras, completou 1.000 dias, em uma etapa de agravamento das tensões em todo o mundo diante da possibilidade de expansão do conflito; em primeiro lugar, diante da iminente derrota Ucrânia – que atua como bucha de canhão da OTAN e dos EUA – e da decisão (já colocada em prática) do governo Biden de determinar o uso de mísseis norte-americanos contra o território russo.
Reagindo aos mísseis dos EUA
Em suas declarações o presidente russo disse que “atualmente não há maneiras de conter esta arma”, e especialistas dizem que os atuais sistemas de defesa aérea em operação na Ucrânia não são capazes de interceptar mísseis balísticos.
Derrota da Ucrânia
Nesses quase três anos (que serão completados em fevereiro de 2025), onde em nenhum momento o exército russo – um dos mais numerosos, bem treinados e equipados do mundo – fez uso de todo o seu efetivo e capacidade militar, a Rússia vem obtendo importantes vitórias, como a libertação completa da República Popular de Lugansk e da maior parte da República de Donetsk, bem como toda a região de Kherson, áreas de Zaporozhie junto do mar de Azov e uma parte da região de Carcóvia.
Em outubro de 2022, dando expressão a essas conquistas, referendos locais aprovaram a integração dessas regiões à Federação russa, onde, por ampla maioria, a população local manifestou o desejo de se vincular à Rússia. Muitas outras conquistas territoriais importantes foram alcançadas desde o início da operação militar. Merece destaque o controle assumido pelas forças russas sobre a cidade de Artyomovsk – ou Bakhmut, na denominação ucraniana – um importante centro de transporte para o abastecimento das tropas ucranianas em Donbass. Relevante assinalar também a exitosa contraofensiva dos russos na retomada de Kursk, onde os ucranianos foram obrigados a bater em retirada devido à ação eficaz e fulminante das tropas do Kremlin.
Mesmo diante das evidências claras de que a Rússia vem avançando no sentido da vitória total contra o desmoralizado exército ucraniano do fantoche Zelensky – fato reconhecido inclusive por especialistas militares norte-americanos -, o imperialismo vem agindo para ampliar o conflito. No último dia 18, já em território brasileiro, na Amazônia, por ocasião da reunião do G20, no Rio de Janeiro, o recém derrotado presidente genocida Joe Biden fez o anúncio da autorização para que a Ucrânia faça uso de mísseis de longo alcance (fornecidos pelos EUA) contra o território russo.
A decisão de Biden, no apagar das luzes do seu desastroso mandato, configura, por parte dos EUA e da OTAN, uma declaração de guerra direta à Rússia, que, por sua vez, conforme já havia anunciado, foi ágil na resposta, disparando um míssil intercontinental de grande capacidade destrutiva contra a quarta maior cidade da Ucrânia, em um claro sinal ao Ocidente, algo do tipo assim: não ousem atacar a Rússia, nós responderemos à altura!
A ameaça de uma ofensiva política e militar direta da OTAN e dos norte-americanos contra a Rússia parece ser a cartada final do imperialismo em desespero diante da iminente e inevitável vitória da Rússia, claramente desenhada nos últimos êxitos alcançados pelas forças russas no front de batalha.
Povo quer paz
Pesquisa publicada na última semana divulgadas pela empresa norte-americana Gallup mostrou que mais de metade dos ucranianos querem negociações o mais rápido possível para o fim da guerra com a Rússia. As sondagens teriam sido realizadas entre agosto e outubro.
As pesquisas – que devem refletir apenas parcialmente a revolta do povo ucraniano contra a guerra a que foram levados pelo governo capacho dos EUA de Zelensky – também apontaram que “quase quatro em cada 10 ucranianos (38%) acreditam que o seu país deve continuar a lutar até à vitória”.
Cerca de 8 milhões de pessoas foram forçadas a deixar o País e as estimativas do número total de mortos na guerra variam de 500 mil a um milhão, esmagadora maioria de ucranianos, mesmo com a política russa de evitar atingir alvos civis, bem diferente do que fazem os países imperialistas e seus súditos (como Israel) em suas guerras.
A revolta popular contra a guerra, se expressou também na crescente rebelião contra o recrutamento forçado por parte do governo ilegítimo de Zelensky (cujo mandato já venceu) , na deserta em massa e aumento do fuzilamento de desertores por parte do comando nazista das forças ucranianas.
Essa situação, as crescentes derrotas (com a libertação de vários povoados pelas forças russas) e a proximidade da posse do presidente Donald Trump que prometeu agir para acabar com a guerra, pressionam no sentido da intensificação da mesma pro parte do governo caduco de Biden, à serviço dos interesses do coleto militar e dos bancos internacionais que querem manter o conflito, ameaçando lançar boa parte do mundo em um conflito de proporções ainda maiores.