Santa Catarina vive um ano trágico em relação à dengue, com 340 mortes e 350 mil casos até 4 de novembro, três vezes mais do que em 2023. Apesar da redução de infecções entre abril e agosto, especialistas alertam para um possível pico entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025, devido ao calor e chuvas favorecendo o Aedes aegypti.
Historicamente, SC não enfrentava grandes surtos da doença, isso pirou com o golpe de Estado de 2016. A falta de saneamento básico em 52% dos municípios catarinenses agrava o problema, não há investimento em infraestrutura.
Até 18 de novembro, 283 municípios catarinenses haviam registrado casos prováveis de dengue, com Joinville, Blumenau, Itajaí e Florianópolis liderando as estatísticas de óbitos. A Federação Catarinense dos Municípios (Fecam) tem alertado prefeitos e secretários de saúde sobre a gravidade da situação, destacando a urgência de ações coordenadas.
A epidemiologista Alexandra Boing ressalta que soluções como distribuição de repelentes e instalação de telas, aliadas ao controle social por parte da população, podem ajudar a reduzir os casos e mortes. O professor Fabrício Menegon, da UFSC, alerta para a alta taxa de mortalidade associada ao aumento de casos e critica a privatização de políticas de saúde.
A crise da dengue é nacional e tem uma causa, a destruição neoliberal da saúde pública no Brasil. É preciso dar um calote na dívida pública e investir centenas de bilhões na saúde!