Nesse domingo (14), o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fez uma contundente declaração, por meio de seu perfil no X, condenando os recentes bombardeios promovidos por “Israel” em Khan Yunis, na Faixa de Gaza.
“O governo de Israel segue sabotando o processo de paz e o cessar-fogo no Oriente Médio. O mais recente bombardeio promovido na Faixa de Gaza vitimando centenas de inocentes é inadmissível. Agora com mais de 90 vítimas fatais e quase 300 feridos em tendas que abrigavam crianças, idosos, mulheres”.
Ao dizer que “Israel” está sabotando o processo de cessar fogo, Lula está implicitamente reconhecendo que o problema do Oriente não é a Resistência Palestina. Afinal, esta sempre se mostrou disposta a um cessar fogo e estabeleceu condições claras para uma negociação.
O presidente também destacou que muitas das vítimas eram civis abrigados em zonas humanitárias delimitadas. Estas “áreas seguras”, estabelecidas pelo próprio Estado de “Israel”, deveriam ser locais livres de qualquer operação militar, o que tornou tais áreas centros de campos de refugiados, como em al-Mawasi, local do último ataque israelense ocorrido em 13 de julho.
O bombardeio em al-Mawasi resultou na morte de mais de 90 civis palestinos e deixou quase 300 feridos. “É estarrecedor que continuem punindo coletivamente o povo palestino. Já são dezenas de milhares de mortos em seguidos ataques desde o ano passado, muitos deles em zonas humanitárias delimitadas que deveriam ser protegidas”, acrescentou Lula.
Leia a nota do presidente Lula na íntegra:
“O governo de Israel segue sabotando o processo de paz e o cessar-fogo no Oriente Médio. O mais recente bombardeio promovido na Faixa de Gaza vitimando centenas de inocentes é inadmissível. Agora com mais de 90 vítimas fatais e quase 300 feridos em tendas que abrigavam crianças, idosos, mulheres.
É estarrecedor que continuem punindo coletivamente o povo palestino. Já são dezenas de milhares de mortos em seguidos ataques desde o ano passado, muitos deles em zonas humanitárias delimitadas que deveriam ser protegidas.
Nós, líderes políticos do mundo democrático, não podemos nos calar diante desse massacre interminável.
O cessar-fogo e a paz na região precisam ser prioridades na agenda internacional. Todos os nossos esforços devem estar centrados na garantia da libertação dos reféns israelenses e no fim dos ataques à Faixa de Gaza”.