No último dia 15, o presidente Lula declarou numa entrevista que “a única coisa errada no País é o juro acima de 12%”. A crítica aos juros é correta. Certamente, esse é o principal problema. Mas não o único.
Banqueiros no comando
Nos últimos anos, os capitalistas montaram um sistema de controle das finanças e da economia. A “independência” do Banco Central permite que burocratas – não eleitos pela população – possam fixar as taxas de juros e os valores do orçamento nacional que são destinados aos bancos e especuladores, em nome do pagamento da “dívida pública”. Somente em 2024, a previsão foi de que R$2,5 trilhões fossem repassados aos especuladores. Essa situação está levando a economia nacional ao estrangulamento.
Natureza social
A burguesia financeira é uma classe social totalmente parasitária, que se apropria dos valores do trabalho e da renda de toda a população. Defende seus interesses por todos os meios necessários, contando com o apoio do parlamento, do judiciário, da imprensa, das FFAA e de burocratas dos governos. Essa é sua natureza social e são os principais inimigos do povo!
Indicados por Haddad
Os defensores da “frente ampla” disfarçam essa condição e criam ilusões de que poderão modificar a política econômica através de “acordos” ou simples troca de pessoas. Como no caso da nomeação de Gabriel Galípolo para o Banco Central, quando se criou a expectativa de que cairiam as taxas de juros. Ao contrário, pois nas últimas reuniões, por votações unânimes entre membros bolsonaristas e os indicados por Haddad, as taxas aumentaram ainda mais, comprovando que atuam de conjunto na defesa dos interesses dos banqueiros.
Enfrentar o problema com luta
Só reclamar não resolve. É necessário agir! Entender que os reflexos dessa política recaem sobre os trabalhadores e a população mais pobre. Assim, tanto o governo Lula, como os partidos de esquerda, as organizações dos trabalhadores têm a obrigação de esclarecer a população sobre a roubalheira que os banqueiros e grandes capitalistas fazem nos cofres públicos.
Organizar uma grande mobilização contra o pagamento da “dívida pública” e dos juros escorchantes!