A mobilização em prol da causa palestina ganha força em diversas regiões do Brasil, culminando no grande ato nacional marcado para o dia 30 de junho em São Paulo. Este movimento, que visa denunciar o genocídio e a opressão sofridos pelo povo palestino, conta com o apoio de diversas organizações, lideranças comunitárias e militantes de diferentes estados, refletindo um profundo comprometimento com a luta dos oprimidos.
Eduardo Santana, coordenador do Centro Cultural Islâmico Imam Sadeq, destacou a importância de unir forças contra o imperialismo e a opressão na Palestina. Em sua declaração a este Diário, ele enfatizou o dever moral de todos os que lutam pela justiça e pela liberdade: “Convoco meus irmãos e irmãs muçulmanos, as pessoas de bem, progressistas, sedentas por justiça, liberdade e pela autodeterminação dos povos contra o imperialismo, a participar do ato que será realizado em São Paulo. Neste importante movimento, nos uniremos em prol da luta do povo palestino, denunciando o genocídio promovido pelo enclave do criminoso imperialismo na Ásia Ocidental, a entidade ultranacionalista autointitulada Israel”.
No Rio de Janeiro, a campanha de mobilização para o ato está avançando rapidamente. A organização já está prestes a completar o segundo ônibus com participantes, entre eles membros da União de Federações e Associações de Moradores e Afins do Estado do Rio de Janeiro (UNIFAMAERJ), uma união de várias associações de moradores das favelas de São Gonçalo e da região metropolitana do Rio.
Thiago Assad, militante do PCO em São Paulo e membro da equipe de convocação por telefone do ato, também compartilhou suas impressões sobre o trabalho de mobilização. Ele ressaltou a receptividade das pessoas ao serem informadas sobre a situação na Palestina. “A gente destaca sempre o papel horroroso do genocídio que está acontecendo lá, e isso sensibiliza muito o pessoal. Todo mundo quer fazer alguma coisa contra isso, especialmente quando lembramos que o principal grupo de vítimas são crianças. As conversas em geral são muito rápidas. O pessoal com quem entramos em contato é muito favorável à causa palestina; é só uma questão de chamá-los”
Assad também mencionou a reação das pessoas que inicialmente não estão tão informadas sobre a situação: “Quando explicamos os números e destacamos a quantidade de mulheres e crianças mortas, elas se mostram horrorizadas e prontas para apoiar a causa. Nas ligações, a aceitação é unânime. Ninguém defende as ações de Israel quando explicamos a realidade do genocídio”.
Entre as presenças de destaque no ato estará Zilda Aria, uma das organizadoras do movimento Mães de Osasco. Zilda, juntamente com outras mães, luta por justiça e indenização diante da chacina ocorrida em Osasco, na qual a Polícia Militar matou vários jovens, incluindo seu filho. A participação de Zilda no ato serve como um poderoso lembrete das injustiças enfrentadas não apenas na Palestina, mas também no Brasil. Ela vai para a atividade também para denunciar as chacinas cometidas pela PM de São Paulo, que continuam a ocorrer. Sua presença reforça a necessidade de solidariedade entre todas as lutas por justiça.
O ato do dia 30 de junho em São Paulo promete ser um marco importante na mobilização em defesa do povo palestino no Brasil. A ampla participação de diversos setores da sociedade, desde comunidades locais até militantes e líderes religiosos, reflete a profunda solidariedade com a causa palestina e o compromisso com os direitos humanos. Essa mobilização não é apenas um protesto contra as atrocidades cometidas na Palestina, mas também uma frente única em defesa de todos os oprimidos.