Em meio às enchentes no Rio Grande do Sul, uma das maiores catástrofes da história do País, Eduardo Leite, o “governador” do estado e o principal responsável pela calamidade, vem colecionando gafes e declarações absurdas. A mais nova é a de dizer que o “governo” estadual tinha sido avisado de que era importante fazer manutenção, mas que o estado tinha outras “agendas” além disso, como a “capacidade fiscal”. Leite ainda teve a capacidade de dizer que “não errei por negligência, omissão ou negacionismo”.
Então por que ele errou? Simples, errou por ser um vampiro neoliberal. Afinal, a doutrina neoliberal é a seguinte: o dinheiro do País, que é produzido pelos trabalhadores brasileiros, milhões de pessoas, não é para os trabalhadores, é para os bancos. Os trabalhadores não devem ter aposentadoria, não devem ter seguro social, não devem ter educação de qualidade, não devem ter saúde de qualidade. De preferência, a educação e a saúde não deveriam ser públicas, deveriam ser privadas.
Da mesma forma, para vampiros como Leite, o Estado não poderia fazer obras para prevenir a morte de quase 200 pessoas (segundo os dados oficiais) e deixar cerca de 700 mil pessoas desabrigadas. Agora que a água está abaixando em alguns lugares no Rio Grande do Sul, o cenário é de destruição total. Parece pior do que Gaza, parece que o Rio Grande do Sul foi bombardeado pelos sionistas. E o pior de tudo é que Leite já sabia que tudo isso iria acontecer, mas estava decidido a não gastar dinheiro com o povo.
Diante de toda a devastação provocada por Eduardo Leite e pelas ameaças veladas que faz à população ao continuar na defesa da política neoliberal, é inacreditável o silêncio generalizado da esquerda em relação a esse problema. Setores da esquerda preferem falar em “aquecimento global”, reproduzindo a ladainha da imprensa capitalista, a criticar a política neoliberal.
Esses mesmos setores, inclusive, acusam os que culpam o neoliberalismo pela catástrofe de “negacionismo”, fazendo coro à campanha de assédio do sionismo para calar os seus opositores.
Outra coisa importante que surgiu das declarações medonhas do “governador” do Rio Grande do Sul é o fato de ele ter dito que quer comandar a “reconstrução do estado”. Acontece que a chamada “reconstrução do estado” vai ser um projeto bilionário de obras, e quem vai fazer é a pessoa que não quer gastar dinheiro com o povo.
Então, surge o problema: que obras que o homem que não quer gastar dinheiro com o povo vai fazer? Como é que vai ficar a população? Para quem ele vai dar esse projeto? Todo político neoliberal é um preposto de empresas capitalistas. Leite entregará o pouco dos recursos do estado que deveriam ser destinados à “reconstrução” a seus amigos empreiteiros e banqueiros igualmente vampiros.