A comunidade dos Avá-Guarani, localizada entre Guaíra e Terra Roxa, no Paraná, está sob ataque constante dos latifundiários. Em 23 de outubro, um trator passou sobre as plantações e despejou agrotóxicos perto das casas, provocando mal-estar nas crianças. Este foi o segundo ataque em uma semana; no dia 17, tratores e um caminhão também avançaram na comunidade, com apoio de viaturas da Polícia Militar.
A Comissão Guarani Yvyrupa (CGY) denuncia a situação. Um dos fazendeiros aceitou negociar a venda das terras para a demarcação, outro reage violentamente. A violência vem se intensificando desde julho. Em setembro, uma missão de direitos humanos visitou o local em solidariedade aos Guarani, e escancarou a realidade terrível.
Em resposta, o governo bolsonarista do Paraná declarou buscar agilidade do governo federal para resolver a situação e assegurou que a questão está sob responsabilidade do Ministério da Justiça, Funai e Polícia Federal. A Força Nacional de Segurança Pública foi acionada para proteger os índios, realizando patrulhas e atividades de polícia judiciária em colaboração com a segurança pública do Paraná.
Está claro que os latifundiários não aceitaram perder as terras para os índios, que tem todo o direito sobre elas. É preciso ampliar a mobilização da luta no campo, unificando todos os setores dos trabalhadores rurais, bem como os que trabalham na cidade. O latifúndio oprime toda a população rural e deve ser dissolvido em todo o Brasil.