Conforme noticiado pelo jornal turco Aydinlik nesta segunda-feira (9), delegação ucraniana teria ido à Síria em junho, e se reunido com a milícia pró-imperialista Hayat Tahrir al-Sham (HTS). O objetivo da reunião teria sido a libertação de prisioneiros georgianos e chechenos que haviam lutado contra a Rússia em guerras provocadas pelos EUA, tais como a Guerra da Georgia, de 2008.
Segundo informa o jornal, um dos principais mercenários que Kiev estaria buscando é o checheno-georgiano Tarkhan Batirashvili, também conhecido como Abu Omar al-Shishani, outrora sargento nas Forças Armadas Georgianas (2006 a 2010), lutando contra a Rússia, e comandante no Estado Islâmico (2013 a 2016), combatendo o governo nacionalista Sírio. Supostamente morto no Iraque em 2016, Batirashvili aparentemente estaria vivo, segundo o jornal turco.
Ainda é informado que a Ucrânia ofereceu à milícia HTS 75 VANTs (drones) em troca dos mercenários. Não há maiores informações de que o acordo fora concluído. Em comentário, o Aydinlik destacou que a situação é mais um sintoma da escassez de pessoal militar que a Ucrânia enfrenta na guerra contra a Rússia: “neste contexto, não é surpreendente que Kiev, que primeiro esvaziou suas próprias prisões e depois estabeleceu relações próximas com a organização terrorista [curda] PKK/PYD, também tenha recorrido ao HTS para o mesmo propósito”.
Conforme noticia a emissora Russian Today (RT), a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova comentou o relatório, afirmando “que a liderança ucraniana, ela alegou, ‘se transformou em um novo grupo terrorista internacional, por trás do qual… Washington e Londres estão’”.