A Aldeia Maracanã existe desde 2006 e já foi palco de algumas disputas ao longo desses quase 20 anos de existência.
A última investida para a desocupação do lugar ocorreu no dia 12 de junho. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), a pedido do governo do estado do Rio de Janeiro, pediu a reintegração de posse do local. “A ordem de despejo foi entregue, mas a polícia ainda não apareceu. Na verdade, algumas viaturas estão rondando o território neste exato momento”, informou um integrante da aldeia.
Na Aldeia Maracanã, que fica próxima ao estádio de mesmo nome, funcionava o Museu do Índio. Hoje, é uma ocupação, com universidade popular, plantio de ervas medicinais e visitas de escolas públicas. É uma aldeia urbana, seus moradores já foram, inclusive, despejados no passado, mas os índios a reocuparam.
O local é constantemente ameaçado, pois tem sido alvo da especulação financeira promovida pela burguesia. Fato é que se fala muito nos índios, porém, na realidade, a maioria está esquecida pelo Estado brasileiro.
É preciso que todos os trabalhadores sem terra e sem moradia, índios ou não, organizem a luta por melhores condições de vida e por um “pedaço de terra”. Somente a mobilização dos oprimidos vai obter êxito em suas lutas.