João Pimenta, candidato à prefeitura do Partido da Causa Operária, concedeu uma entrevista à RedeTV! nesta sexta-feira (23). Vestindo uma camiseta da Palestina Livre, João Pimenta concedeu uma entrevista de aproximadamente 30 minutos disponível no canal de Youtube da emissora.
O coordenador da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR) iniciou a entrevista dizendo que, em uma prefeitura do PCO, faria “o possível e o impossível para dar ao jornalista Gleen Greenwald o título de cidadão honorário da cidade de São Paulo, pelo serviço que ele está fazendo pelas liberdades democráticas e pelos direitos da população”. Em seguida João Pimenta defendeu a operação militar russa na Ucrânia, a sucursal imperialista no leste europeu.
João descreveu brevemente sua trajetória política e enquanto militante do PCO e da AJR. Destacou que não é candidato à prefeitura porque ele, enquanto pessoa, quer ser candidato. Segundo João “nenhuma pessoa vai resolver nada nessa cidade sozinha. O trabalho é ver o que você pode fazer pelas pessoas que vão governar a cidade”: os trabalhadores.
O candidato à prefeitura disse que irá apresentar nas eleições a política real do PCO, sem comprometer a política e a luta do partido e a sua – diferentemente do candidato Guilherme Boulos (PSOL), que vem se afastando cada vez mais da esquerda.
João foi questionado se votaria em Boulos em um segundo turno, respondeu que ele pessoalmente não votaria em Boulos, mesmo se fosse Boulos e Ricardo Nunes (MDB) ou Boulos e Pablo Marçal (PRTB). Entretanto, João – seguindo os princípios do centralismo democrático marxista – disse que a decisão de apoiar ou não Boulos em um segundo turno não será dele, isto será decidido em uma conferência democrática do Partido da Causa Operária.
Defendendo a liberdade de expressão e os princípios democráticos, João apontou os ataques do ministro do STF Alexandre de Mores a democracia.
Para a educação, o candidato do PCO defendeu uma organização de comunidades escolares – uma espécie de conselho popular – para que todos os interessados na educação – alunos, professores, servidores, pais, etc. – possam tomar as decisões sobre o rumo da educação. Substituindo assim a burocracia da secretaria da educação pela democracia dos conselhos populares.
João Pimenta defendeu o investimento massivo em infraestrutura, assim como a gratuidade do transporte público na cidade de São Paulo.
“Nós acreditamos que o povo tem de ir à rua. Se você quer alguma coisa, você que está assistindo a gente você quer melhor salário, você quer um transporte melhor. Não espere que nenhum político vá fazer isso pra você, porque ele não vai. Ele não tem condições e muitas vezes ele não quer. Se você quer fazer alguma coisa, você tem que votar em pessoas que vão fazer aquilo que você quer e vão te chamar a ajudar. Porque sem a população na rua não vamos resolver nada”, disse João.