Em uma verdadeira operação de terror promovida pela Usina Utinga Leão, em Messias, Alagoas, mais de 700 famílias de camponeses foram violentamente expulsas de suas terras, com plantações destruídas, casas demolidas e moradores agredidos. A ação criminosa foi conduzida com apoio da Polícia Militar e relatada como uma “operação de cerco e arrasamento”, segundo a Liga dos Camponeses Pobres (LCP). Além da destruição, a Usina desligou a rede elétrica do município para encobrir o ataque e dificultar o acesso de outras pessoas à área.
Membros do movimento afirmam que o cerco da Utinga Leão sobre os posseiros de Messias representa uma vingança contra a vitória conquistada pela LCP na Batalha de Barro Branco, em que os camponeses consolidaram a Área Revolucionária Renato Nathan.
A violência do latifúndio, acobertada pelo Estado, mostra que a luta pela terra no Brasil permanece brutal. Enquanto o governo e a Justiça fecham os olhos para esses crimes, os camponeses continuam firmes na defesa de suas terras, dispostos a resistir aos ataques dos jagunços e dos grandes latifundiários que, mais uma vez, tentam expulsá-los e apagar seu direito à terra.