Na noite desta terça-feria, dia 11 de junho, “Israel” empreendeu um ataque criminoso a um edifício residencial, executando o comandante do Hesbolá da Talib Sami Abdalahe, conhecido Hajj Talib, e outros três membros da resistência. O prédio era localizado na cidade de Juaia, no sul do Líbano. Foram martirizados no ataque também o Mohammad Hussein Sabra, Baqer, Ali Salim Soufan, Koumail e o Hussein Qassem Hmaid, Sajed, além de diversos feridos.
Os assassinatos das lideranças foi lamentado pelo Hesbolá. O chefe do Conselho Executivo do partido, Saied Hashem Safiedine, declarou que: “‘Israel’ persiste na sua loucura… acreditando que assassinar líderes [da Resistência] iria enfraquecê-la”.
“Israel deve compreender” que o Hesbolá aumentara o apoio a Gaza, “tanto em tipo como em quantidade”, apontou Hashem. “Se [os sionistas] estão agora a choramingar e a gemer pelo que lhes aconteceu no norte da Palestina ocupada, então deveriam preparar-se para chorar e lamentar”, concluiu.
O secretário-geral do Hesbolá al-Nujaba do Iraque, Acram al-Caabi, prestou condolências ao mártir. Ele afirmou: “homens de verdade prometeram fazer com que o inimigo pagasse muito em breve um alto preço por derramar sangue puro”, afirmou Kaabi. “Os inimigos devem saber que a Resistência do Iraque, Líbano, Síria, Iêmen e Irã não irá parar até à libertação de al-Quds [jerusalém] dos ocupantes”, complementou.
“Israel”, em perigo e despreparado
Não é segredo que a resistência armada libanesa obscureceu o céu do Estado sionista. Mas as palavras do chefe do Partido Trabalhista Israelense, Jair Golan, ilustram melhor a situação.
“Israel hoje e depois de oito meses de combates, após esgotar a reserva e as forças regulares, não está pronto para iniciar outra longa guerra no norte. Isto precisa ser dito, dolorosamente, mas este é a situação atual”, afirmou.
“Qual foi o sentido de assassinar outro alto funcionário do Hesbolá quando o que é necessário é um acordo de troca de reféns no sul? Porque um acordo de cessar-fogo no sul levaria a um cessar-fogo no norte”, destacou.
Golan não é a única voz de “Israel” que aponta essa deficiência, o analista israelense, Mairav Zonszein, do International Crisis Group, afirmou em artigo publicado dia 12, no The New York Times:
Os desenvolvimentos “indicam que o Hesbolá está a acumulando ganhos estratégicos, uma vez que a situação criou um teste surpreendente para o sionismo. [O Hesbolá] teve a oportunidade de estudar meticulosamente os sistemas de defesa e inteligência israelenses por um longo tempo”.
Zonszein ainda pontuou que o Hebsolá “claramente à procura e encontrando os pontos fracos de Israel”. Considerando a escalada do conflito retaliatórios como “extremamente perigoso”, alertando que os “cálculos israelenses errados no campo de batalha e à eficácia das armas usadas pelo Hesbolá, e quanto mais durar a guerra de atrito com o Hesbolá, maior será a probabilidade de Israel ser arrastado para um conflito mais profundo”.
Os fatos apontados por lideranças sionistas atestam que “Israel” não tem como enfrentar o Hesbolá num conflito aberto. Desde o início do conflito, a luta heroica dos combatentes libaneses está minando o enclave imperialista na Palestina.