Nessa terça-feira (27), “Israel” desatou uma invasão em larga escala contra a Cisjordânia, possivelmente a maior desde a Segunda Intifada (2002 a 2005). Os sionistas realizam uma ofensiva contra diversos campos de refugiados, especialmente os de Jenin e Tulcarem, com objetivo de desarticular a resistência e conter a Revolução Palestina. A Resistência, em declaração conjunta, denuncia que “a extensa agressão sionista no norte da Cisjordânia é uma extensão da guerra de genocídio e deslocamento contra o nosso povo e a nossa terra”.
O Hamas, principal partido palestino, informou que a invasão se concentra “particularmente nas zonas do norte, atingir Jenin, Tubas, Tulcarem, Al-Khalil e Ramallah, o que inclui ataques, detenções e destruição sistemática de infra-estruturas utilizando grandes forças militares acompanhadas de ataques aéreos de drones e aviões de guerra, é uma tentativa prática de implementar os planos do governo sionista extremista”.
Precedendo à invasão, as forças israelenses de ocupação realizaram um ataque aéreo contra a cidade de Tulcarem, na segunda-feira (26), quando foram martirizados cinco palestinos. Foram perpetrados também ataques fascistas de colonos sionistas, que resultou no martírio de seis palestinos. Desde o início da invasão, a organização Crescente Vermelho Palestino informa que ao menos 10 palestinos já foram martirizados.
Contudo, as organizações da Resistência Palestina responderam prontamente a invasão. Em declaração, o Hamas apelou “às massas do nosso povo, aos nossos heróicos combatentes e à nossa juventude revolucionária em todas as áreas da Cisjordânia ocupada, de norte a sul, para uma mobilização geral, para escalar todas as formas de resistência e confrontar a ocupação e os seus colonos em toda a nossa terra ocupada”. Além disto, o partido palestino também exortou os “jovens e irmãos nas Forças de Segurança [da Autoridade] Palestina” a se juntarem “à batalha sagrada do nosso povo”.
Em declaração, as Brigadas al-Qassam, ala militar do Hamas, informaram que “os nossos combatentes, em coordenação com outras facções da resistência, estão envolvidos em confrontos ferozes para repelir a agressão de ocupação em curso no Campo de Al-Fara, Tulcarem e Jenin. Eles têm como alvo as forças inimigas e seus veículos com metralhadoras e dispositivos explosivos, conseguindo ataques diretos”. Especificando algumas de suas ações, al-Qassam informou que seus combatentes “alverjaram dois soldados sionistas que estavam barricados em um prédio atrás do Al-Nujoom Hall, ao sul do bairro de Al-Zaytoun, na cidade de Gaza.
Conforme as Brigadas dos Mártires de al-Aqsa, uma das principais organizações da Resistência “Os nossos combatentes continuam no campo de batalha, envolvendo-se em confrontos ferozes com as forças inimigas sionistas em todas as frentes, utilizando metralhadoras e dispositivos explosivos, conseguindo ataques diretos às forças inimigas”. No mesmo sentido se pronunciou as Brigadas al-Quds, ala militar do partido Jiade Islâmica Palestina. Em declaração, chamou essa ação conjunta da resistência de “O Terro dos Acampamentos”:
“Chamamos a batalha travada pelos heróis de Soraia al-Quds nos eixos de combate na Cisjordânia como ‘O Horror dos Campos’, onde o inimigo mobilizou as suas forças em busca de uma imagem de vitória após o seu fracasso sobre últimos 10 meses no confronto com os combatentes do nosso povo em Gaza e na Cisjordânia. Mas com a ajuda de Alá, nossos combatentes estão prontos e farão o inimigo provar o horror dos campos, e seus soldados saberão o inferno que os espera”.