Na noite dessa segunda-feira (30), passou a circular na imprensa mundial a notícia de que “Israel” teria iniciado uma incursão por terra contra o território libanês. Poucas horas depois, o entanto, a resistência libanesa, liderada pelo Partido de Deus (Hesbolá), se pronunciou publicamente, alegando ser falsa a informação.
A notícia da suposta invasão foi implantada pelas próprias forças de ocupação de “Israel”. Isto é, pela maior máquina de propaganda mentirosa do planeta.
“As Forças de Defesa de ‘Israel’ começaram há algumas horas uma operação terrestre limitada e direcionada na área do sul do Líbano contra alvos terroristas e infraestruturas da organização terrorista Hesbolá, em várias vilas perto da fronteira, que representam uma ameaça imediata e real aos assentamentos israelenses na fronteira norte.”
Apesar do uso do termo “limitada”, que já indica, em si, uma farsa por parte dos sionistas, a operação foi apresentada como um momento pelo qual muitos aguardavam: o início de uma batalha terrestre entre as forças de ocupação e as forças da resistência. Esse tom pôde ser visto claramente no artigo Tensão no Oriente Médio: Israel confirma início de incursão terrestre no Líbano, publicado pela emissora BBC Brasil.
Sendo uma farsa ou não, também chama a atenção o uso do mesmo argumento que era utilizado para perseguir as lideranças do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas): o combate ao “terrorismo”. Com essa desculpa, “Israel” já assassinou ceca de 1500 libaneses em pouco mais de uma semana.
A declaração de “Israel” foi desmascarada horas depois. Em uma publicação no Telegram, o grupo Resistance News Network alegou que não havia incursão alguma.
“Até este ponto, a resistência nas linhas de frente no sul do Líbano continua a mirar nas forças sionistas do outro lado da fronteira, horas após as forças de ocupação declararem uma ‘operação terrestre’. As forças de ocupação não avançaram, e não houve nenhuma incursão no Líbano.”
O Estado terrorista de “Israel” é especialista em produzir mentiras não apenas para esconder a podridão de sua ação, mas também porque elas servem para difundir o pânico entre a população. Recentemente, por exemplo, o Estado criminoso detonou dispositivos eletrônicos de milhares de pessoas, sob o pretexto de ter realizado uma operação contra o Hesbolá. O objetivo era claro: jogar uma parcela da população libanesa contra o maior partido do país.
Da mesma forma, “Israel” difundiu inúmeras versões mentirosas sobre o assassinato de Ismail Hanié, o que serviu, naquele momento, para apresentar o Irã como um país enfraquecido, incapaz de defender os seus aliados.
É por isso que o comunicado Resistance News conclui, afirmando que: “tudo o que é publicado pela mídia sionista, oficial ou não, ou pela mídia ocidental aliada, é parte do esforço de guerra sionista e da operação psicológica. Nada disso deve ser considerado factual de forma alguma, pois serve apenas para enganar e distorcer a realidade no local”.
As incursões em terra têm causado um prejuízo gigantesco para “Israel”. Afinal, o exército se mostra cada vez mais enfraquecido, cada vez mais desmoralizado, cada vez mais vacilante. Partir para uma guerra de fato contra o Hesbolá apenas acelerará o fim da entidade sionista.