Recentemente este Diário noticiou que “Israel” havia intensificado seus ataques genocidas contra a cidade de Khan Younis, na região sul da Faixa Gaza. Expôs-se inclusive que as Forças de Ocupação de “Israel” estavam promovendo um cerco ao Hospital Nasser, aumentando drasticamente o número de mortos e refugiados.
Pois bem, as forças armadas do Estado sionista continuam seus ataques contra a cidade. Tanto por meio de bombardeios, quanto mantendo o cerco ao Hospital Nasser. Aliás, não é o único. Complexo médico Al-Amal também está sendo cercado pelas forças de ocupação, segundo últimas atualizações da rede de televisão catariana Al Jazeera, com informações repassadas pelo Ministério da Saúde de Gaza.
Segundo o ministério, com a intensificação do genocídio neste dia 25 de janeiro, os ataques dos sionistas já resultaram no assassinato de 200 palestinos, ferindo mais de 370.
De forma que, ao fechamento desta edição, o número total de palestinos assassinados em Gaza já chega a pelo menos 25.900. Contando os desaparecidos (que, quase certamente estão mortos), o número chega a um mínimo de 33.900. Um verdadeiro genocídio.
Desse total, são pelo menos 10 mil crianças mortas e 7 mil mulheres.
Quanto aos feridos, temos um total de 64.110. Contudo, deve-se atentar para esta questão. Não são ferimentos superficiais. São pessoas que estão sendo feridas com bombas, ou seja, uma grande maioria de amputados, pessoas que terão que conviver pelo resto de suas vidas com esse dano físico permanente (isto sem considerar o dano psicológico).
Sobre essas atrocidades, no que diz respeito à ofensiva sobre Khan Younis, cumpre informar que não só os bombardeios israelenses estão sendo direcionados contra o Hospital Nasser e seus arredores, mas também as proximidades da Sociedade do Crescente Vermelho Palestiniano, os centros da UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente), e a área ao redor de uma escola que alberga pessoas deslocadas no bairro dos Emirados Unidos e o bairro de Al-Amal.
Tais ataques resultaram no assassinato de 50 palestinos, segundo noticiou o jornal libanês Al Mayadeen.
Não bastando tamanha monstruosidade, os sionistas assassinaram mais 14 ao bombardear o edifício “Sina’a al-Wikalah”. E que edifício era este? Uma escola afiliada à UNRWA, estabelecimentos estes que estão servindo como abrigos para os palestinos que fogem dos criminosos bombardeios de “Israel”.
Resumindo: as forças armadas do Estado sionista, conscientemente, assassinam civis enquanto estes buscam abrigos dos bombardeios que são realizados no restante da cidade.
Sobre isto vale destacar a denúncia feita por Philippe Lazzarini, Comissário Geral da UNRWA:
“Um dos maiores abrigos [da UNRWA] em Khan Yunis (sul de Gaza) foi atingido durante operações militares ontem [segunda-feira]. Pelo menos seis pessoas deslocadas foram mortas e muitas outras ficaram feridas durante intensos combates em torno do nosso abrigo”
Tal declaração foi dada no dia 23. Desde então, os ataques sionistas se intensificaram.
Com o cerco aos Hospitais Nasser e Al-Amal, médicos estão tendo que atender os pacientes com luz de lanterna, segundo depoimento funcionário local:
“Hoje, na unidade de terapia intensiva do pronto-socorro, tentei reanimar esse paciente sem eletricidade, sem ferramentas e sem anestesia, apenas lanternas e a graça de Deus”.
Com essa situação desesperadora, palestinos são forçados a fugirem de Khan Younis aos milhares. Contudo, vários estão sendo presos pelas Forças de Ocupação de “Israel”, conforme noticia a agência de notícias Associated Press. O relato abaixo é de Israa Khashan, que estava abrigado na escola [da UNRWA]:
“Eles nos permitiram sair e nos fizeram caminhar uma certa distância, pegaram os jovens e os revistaram. Levaram alguns jovens com eles e deixaram outros, e agora estamos aqui, sem saber para onde ir”
É uma situação que demonstra que a política de “Israel” para os palestinos é expulsá-los da Palestina de uma vez por todas, terminando o que iniciaram há mais de sete décadas.
Isto mostra que só através da luta armada, atualmente liderada pelo Hamas, é que o povo palestino poderá se libertar dessa ditadura monstruosa e fascista que é o Estado de “Israel”.




