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Cisjordânia ocupada

‘Israel’ aprova maior roubo de terras palestinas em três décadas

Quase 13 km² serão roubados do povo palestino, sob as barbas da Autoridade Palestina, que ao contrário dos partidos revolucionários, é incapaz de se opor à rapina

A maior apreensão de terras em mais de três décadas na Cisjordânia ocupada acaba de ser aprovada por “Israel”. De acordo com o órgão anti-assentamentos Peace Now, isso exacerbará ainda mais as tensões já elevadas desde 7 de outubro.

O roubo aprovado envolve 12,7 quilômetros quadrados de terras no Vale do Jordão. Isto, de acordo com a pesquisa do órgão, constitui a maior expropriação de terras palestinas aprovada desde os Acordos de Oslo de 1993.

Após a rapina de 8 quilômetros quadrados de terras na Cisjordânia ocupada em março e de 2,6 quilômetros quadrados em fevereiro, a apreensão de terras anunciada hoje foi aprovada no final do mês passado, mas só foi tornada pública na quarta-feira (3).

Os assentamentos de colonos estão situados a nordeste de Ramalá e a ocupação sionista classificou-os como “terras estatais”, o que significa que os palestinos não podem possuí-los e só podem ser arrendados a israelenses.

O Ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, revelou que o Gabinete de Segurança aprovou a autorização de cinco postos avançados de assentamentos na Cisjordânia e a imposição de sanções adicionais à Autoridade Palestina. Ele mencionou que os cinco postos avançados são Evyatar, Givat Assaf, Sde Efraim, Heletz e Adorayim.

“O Gabinete de Segurança autorizou um posto avançado para cada país que reconheceu unilateralmente a Palestina como um Estado no último mês”, destacou Smotrich.

Ele indicou que “após semanas de discussões, o governo israelense promoveu uma resposta apropriada às medidas anti-israelenses lideradas pela Autoridade Palestina”.

De acordo com Smotrich, as sanções contra a Autoridade Palestina incluirão a revogação das autorizações de saída para funcionários e o aumento da fiscalização contra o que é considerado como edifícios palestinos “ilegais” na Área C da Cisjordânia.

Smotrich considerou que “a Autoridade Palestina juntou-se ao Hamas na tentativa de prejudicar Israel, em Israel e no mundo, e nós lutaremos contra isso”.

“Para aqueles que precisavam de provas, obtivemos no dia 7 de outubro. Um Estado palestino no coração de Israel é um perigo existencial, não permitirei que tal desastre seja causado ao Estado de Israel”, sublinhou o ministro.

Mais tarde, os meios de comunicação israelenses informaram que Smotrich irá finalizar medidas para descongelar fundos fiscais retidos da Autoridade Palestiniana como parte de um acordo para obter a aprovação do gabinete para legalizar os referidos postos avançados de colonatos na Cisjordânia e implementar novas sanções contra altos funcionários palestinianos.

O anúncio ocorreu após uma pausa na reunião do Gabinete de Segurança, durante a qual o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu consultou conselheiros devido a preocupações de que as aprovações pudessem aumentar as tensões com os Estados Unidos.

A Cisjordânia ocupada foi dividida em três seções administrativas ao abrigo dos Acordos de Oslo de 1993, com a Área A gerida pela Autoridade Palestina, a Área B sob alegada soberania partilhada e a Área C – a maior área, representando cerca de 60% dos territórios palestinos ocupados – sob total controle administrativo e de segurança israelita.

Os terrenos usurpados estão localizados a nordeste de Ramalá, na Cisjordânia ocupada.

Além disso, há uma constante tentativa de expansão dos assentamentos. Frequentemente, policiais e “colonos” entraram em conflito por causa de postos avançados de assentamentos criados por israelenses de extrema direita que se aventuram a tomar a frente no roubo de terras palestinas. O último confronto do gênero teria ocorrido na manhã de quarta-feira (3).

A polícia usou escavadeiras para demolir estruturas improvisadas no posto avançado. Os colonos tentaram bloquear o acesso da polícia sentando-se do outro lado da estrada, mas os policiais os removeram à força. Isto está acontecendo enquanto “Israel” enfrenta pressão internacional para restringir a expansão das colônias que se estendem pela Cisjordânia ocupada.

A crise aberta pelo roubo de terras no território fornece uma nova evidência da importância de organizações como o Hamas e demais partidos da Resistência Palestina, que enfrentam a ditadura sionista com vigor e por isso, mesmo submetidos à pobreza e todas as monstruosidades cometidas por “Israel”, mantém a unidade de seu território. Ao contrário do que ocorre na cada vez mais humilhada Cisjordânia ocupada. Resta saber até quando.

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