Eventos recentes, como o assassinato do líder do Hesbolá, Sayyed Hassan Nasseralá, e os crimes de guerra contra a população libanesa, comprovam a ideia de que, para o imperialismo, a questão da Palestina é uma questão vital. Mais propriamente dizendo, é uma questão de vida ou morte.
O imperialismo não podem abrir mão de sua operação de salvação do sionismo, isso está se tornando cada vez mais delicado, porque a resistência é poderosa. O Irã, com o ataque a “Israel” nessa semana, provou que é uma potência militar. É uma das grandes potências militares do mundo.
“Israel”, por sua vez, foi eclipsado pela crise. “Israel” se revelou como unicamente uma fachada do imperialismo. O poder do sionismo se evaporou nessa crise. Se o imperialismo abandonar a guerra, o Estado de “Israel” entraria em colapso rapidamente.
A situação do sionismo é desesperadora, mas a do imperialismo também. Ele não tem muita alternativa. Os russos encurralaram o imperialismo na Ucrânia. O imperialismo agora está vendo que a Ucrânia está prestes a entrar em colapso, assim como “Israel”. Em reação, a imprensa internacional mais abalizada pede para a OTAN entre na guerra. É uma situação em que o imperialismo não tem para onde recuar, não há meio-termo.
Essa escalada, no entanto, tende a fracassar. Basta ver o exemplo do Líbano. O Hesbolá, por exemplo, já conteve a tentativa de invasão israelense no sul do país. “Israel” não conseguiu nada ali. Os sionistas estão bombardeando Beirute para ver se conseguem matar mais dirigentes do Hesbolá, mas isso de nada adianta. As forças de resistência são organizações que foram criadas debaixo de um regime de terror, de assassinatos sistemáticos. Não há como contar o número de dirigentes do Hamas que foram assassinados por “Israel”. Então, eles já têm uma preparação para isso.
Nos próximos meses, os conflitos tendem a se acirrar ainda mais. E, por mais que a contra-ofensiva do imperialismo seja profundamente agressiva e perigosa, “Israel” dificilmente chegará à próxima década.