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Cláudio Corbo

Professor, Geógrafo, Mestre em Ciência Política e colunista do Diário Causa Operária (DCO)

Coluna

Israel: 76 anos de uma farsa – Parte 2

O povo de Gaza nessa época já demonstrou sua histórica capacidade de resistência, ao lutar durante mais de 2 meses até ser derrotada pelo poderoso exército de Alexandre

Dando sequência a minha explanação sobre as origens do Estado fictício de Israel e da seita nazista conhecida como sionismo, hoje abordarei a questão de Gaza a partir da a partir do ano 601 A.C. quando a Filisteia voltou para o poder dos egípcios. Nesta parte buscarei ser menos prolixo com relação aos fatos históricos, para nossos leitores que se interessam muito pela questão Palestina, na 4ª parte do artigo vou sugerir alguns livros que estudei para tecer o presente texto.

Entre os anos de 568 e 560 A.C. Gaza passou pelo controle do Império Babilônico e pelo controle Persa do Império Aquemênida, nessa época Gaza usufruiu de alguma independência se desenvolvendo de forma mais rápida.

Em 332 A.C. sob o comando de Alexandre, o Grande, o Império Macedônico dominou Gaza, que era a última cidade que o impedia de dominar todo o Egito.

O povo de Gaza nessa época já demonstrou sua histórica capacidade de resistência, ao lutar durante mais de 2 meses até ser derrotada pelo poderoso exército de Alexandre, os sobreviventes de Gaza, civis, mulheres e crianças foram escravizados pelos macedônios. Me parece apropriado citar o saudoso intelectual uruguaio Eduardo Galeano, uma analogia com o momento atual: “a história é um profeta, com o olhar voltado para trás.”

Gaza foi repovoada por beduínos e gregos e formou-se uma Pólis ou Cidade Estado, aponto este fator como de suprema importância, pois ao longo destes textos, venho comprovando através de uma análise materialista-histórica e dialética que tem que ser muito desinformado ou agir de má-fé para defender que Gaza sempre foi dos judeus, digo sem medo de errar que Gaza nunca foi, não é, e jamais será território dos judeus, muito menos dos sionistas.

Dando um salto histórico, em 64 A.C. o Império Romano conquista toda a região da Palestina e um ano após isso Gaza foi incorporada ao Reino da Judeia, que era uma Província Romana, cabe salientar que os que hoje vivem no Estado ilegal de Israel, em sua maioria, são descendentes de europeus que foram para aquelas terras apenas após a criação do sionismo por Adolf, digo Theodor Herzl, em 1891.

Após a destruição de Jerusalém no ano 70, Gaza se tornou uma cidade ainda mais importante naquela região, comercialmente, intelectualmente devido à influência da filosofia grega e onde os cidadãos viviam com dignidade e impressionantemente sem grandes conflitos religiosos.

O imperador romano Adriano em 130 inaugurou em Gaza um majestoso Estádio ou Arena onde ocorriam competições de oratória, boxe e luta livre. Cabe observar a enorme riqueza cultural milenar de Gaza. Em 395, Gaza passa a fazer parte do Império Bizantino, depois da divisão de Roma, o que fez a cidade prosperar ainda mais. Nessa época Gaza foi convertida ao Cristianismo, radicalmente, pela influência do Santo Porfírio, bispo de Gaza.

No ano de 402 o imperador Teodósio II ordenou a destruição de todos os templos pagãos de Gaza.

Posteriormente a Batalha de Ajnadayn, em 634, os árabes muçulmanos do Califado Raxidun conquistaram o poder de quase toda a Palestina e sob a liderança de Amr Ibn aL-As, e sitia Gaza derrotando assim o exército bizantino, ali instalado.

Mas os moradores de Gaza, não foram assassinados, escravizados nem punidos ou atacados de nenhuma forma e a cidade não foi destruída, a tese mais aceita entre os historiadores é que Gaza foi o lugar onde Hashim ibn Abd Manãf, o bisavô do profeta Maomé, viveu como comerciante e foi enterrado.

Gaza, então passa a fazer parte da província árabe de Bilad Al- Sham e a chegada massiva dos árabes em Gaza provocou uma graúda mudança na cidade, por exemplo, todas as Igrejas foram convertidas em Mesquitas, a mais significativa delas foi a catedral de São João Batista que virou A Grande Mesquita de Gaza, rapidamente a população adotou o Islã como religião e o árabe se tornou o idioma oficial, passando os árabes islâmicos a se constituírem como maioria absoluta dos moradores de Gaza, com uma minoria ínfima de cristãos. Caros leitores, observem que nos milhares de anos transcorridos nas duas primeiras partes de meu texto, abordei diversas religiões, mas não o judaísmo. Por que será? Desconfio que seja porque a localização geográfica do surgimento do judaísmo, seja muito, muito distante do território palestino, apropriado criminosamente nos últimos 76 anos pelos sionistas para defenderem interesses da ONU, leia-se interesses do imperialismo.

Continua…

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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