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Cláudio Corbo

Professor, Geógrafo, Mestre em Ciência Política e colunista do Diário Causa Operária (DCO)

Coluna

Israel: 76 anos de uma farsa – Parte 1

"Israel é um Estado fictício criado pelas forças opressoras da ONU para desestabilizar o povo árabe palestino no Oriente Médio"

No presente artigo, que dividi em 4 partes para ficar uma leitura mais agradável para nossos assinantes, elucidarei a história da Faixa de Gaza para comprovar que se há um povo que menos tem relação com o território em disputa, é o povo judeu. Comecei a desenvolver este texto após a leitura de diversos livros sobre a história de Gaza, do Oriente Médio, bem como a leitura da Bíblia do Velho e Novo Testamento.

Israel é um Estado fictício criado pelas forças opressoras da ONU para desestabilizar o povo árabe palestino no Oriente Médio, exatamente porque a Palestina é um dos lugares com uma das culturas mais antigas e prósperas da humanidade.

A Faixa de Gaza é uma faixa de Terra, localizada no Oriente Médio, na região conhecida como Levante. Ela é banhada pelo Mar Mediterrâneo a Noroeste e faz fronteira com o Egito a Sudoeste, possuindo uma área de 365 quilômetros². Com uma população de 2 milhões e meio de habitantes, é um dos lugares mais povoados do mundo. Gaza é um território pertencente aos palestinos.

De acordo com estudos paleontológicos realizados no sítio arqueológico de Tell Es-Sakam, a ocupação da Faixa de Gaza pelos primeiros humanos modernos ocorreu por volta de 4000 A.C. Tell Es-Sakan foi o primeiro assentamento humano na região, mais ou menos entre 3300 e 3000 A.C., inicialmente esse assentamento era egípcio e existiu até o ano de 2250 A.C. Após isto, o povo semita, conhecido como Cananeu, chegou na região do Levante e ocupou o território que passou a ser conhecido como Canaã e, ao sul de Tell Es-Sakan, surgiu o assentamento de Tell El-Ajjul, que servia como um Forte de defesa daquele espaço geográfico.

No ano de 1650 A.C. o Egito passou a ser governado por Cananeus, também conhecidos como Hicsos, eles deram origem a 15ª Dinastia do Egito e o assentamento de Tell Es-Ajjul começou a se desenvolver e crescer. Porém, 100 anos após, a 15ª dinastia do Egito chegou ao fim com a fundação do Novo Reino do Egito. Os Hicsos foram expulsos do território e o assentamento de Tell Es-Ajjul foi completamente destruído.

Em 1457 A.C. ocorreu a Batalha de Megiddo, onde uma coalizão de Cidades-Estado lideradas por Vassalos Cananeus, foi derrotada pelas forças egípcias, sob o Comando do Faraó Tutemés III. E o Egito voltou a exercer seu domínio sobre Canaã. Assim como, também tomou Tell Es-Ajjul e uma cidade, onde hoje é a atual Gaza, começou a se desenvolver, sendo a capital egípcia administrativa de Canaã e virou uma parada nas rotas das caravanas Sírio-Egípcias. Gaza ficou sob o domínio egípcio até aproximadamente 1200 A.C. quando a Província de Canaã entrou em colapso e o domínio Egipcío chegou ao fim.

Nesse período os conhecidos “Povos do Mar”, principalmente os Filisteus que habitavam a região do Mar Egeu, ocuparam a região correspondente a atual Faixa de Gaza e partes do que hoje seria Israel ao Norte. Os Filisteus criaram a Filisteia, que era uma Confederação de Cidades formadas por: Gaza, Ashkelon, Ashdod, Ekron e Gath, que eram chamadas de Pentápolis da Filisteia. Segundo alguns textos da Bíblia, se a tomarmos, como um livro histórico, no início do século X A.C. durante o reinado de Davi, o Reino Unido de Israel expandiu seus domínios e tornaram os filisteus seus vassalos, já mostrando uma característica histórica dos israelitas em escravizar outros povos devido a sua tendência milenar da prática do nazismo. Já no ano de 930 A.C., com a divisão do Reino de Israel entre os Reinos de Israel e Judá, a Filistéia reconquistou sua autonomia, mas manteve-se sob influência israelita. 200 anos depois, a Filisteia foi conquistada pelo Império Assírio, mas em 601 A.C., a Filisteia, novamente voltou para o controle do Egito, quando o Rei da Babilônia, Nabucodonosor II, tentou conquistar a região e foi derrotado pelo exército egípcio perto de Gaza.

Chamo a atenção dos leitores que se forem buscar pinturas de todos os líderes e povos que citei até agora, a fisionomia deles é semelhante a dos árabes atuais, tez morena, cabelos e barbas pretas, sobrancelhas grossas etc. Até 1948 com a criação do Estado fictício de Israel, nenhum ser humano que habitasse a faixa de Gaza se assemelhava com os judeus atuais, que lembram mais um europeu, até porque vieram de lá, do que com os povos que habitam desde sempre o Oriente Médio.

A segunda parte será publicada no Diário da Causa Operária do dia 7 de junho de 2024. Espero que meus caros leitores estejam apreciando esta modesta contribuição para entendermos as raízes da Palestina, assim como, o surgimento da criação do movimento nazista que conhecemos como sionismo que irá aparecer no 3° artigo desta série de escritos.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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