O governo iraquiano encerrou uma missão da ONU que tinha como objetivo investigar os crimes do Estado Islâmico. “A Equipe de Investigação da ONU para Promover a Responsabilização por Crimes Cometidos pelo Daesh/EI (UNITAD) não se coordenou adequadamente com as autoridades iraquianas e não é mais necessária”, disse Farhad Alaaldin, conselheiro de assuntos estrangeiros do primeiro-ministro do Iraque.
A UNITAD foi estabelecida em 2017 para processar membros do EI envolvidos em genocídio e crimes contra a humanidade. Alaaldin disse à Reuters: “Na nossa visão, a missão terminou e apreciamos o trabalho que foi feito e é hora de seguir em frente.” A UNITAD “não respondeu a pedidos repetidos para compartilhar evidências”, acrescentou Alaaldin, pedindo que a missão o faça antes de fechar oficialmente.
Em setembro de 2023, o Conselho de Segurança das Nações Unidas renovou o mandato da UNITAD por apenas mais um ano, atendendo ao pedido do governo iraquiano. Mas as relações entre o governo e a missão da ONU só pioraram.
As desavenças com a ONU fazem parte da luta nacionalista do Iraque que tem como maior expressão a reivindicação de expulsar as bases dos EUA do país. O Estado Islâmico é a justificativa e, portanto, o fim de operações ligadas ao combate ao EI faz parte da luta pelo fim da ocupação militar norte-americana.




