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Oriente Médio

Irã denuncia: ‘Israel’ e EUA querem dominar o Oriente Médio

Irã denuncia aliança EUA-'Israel' como ameaça às nações islâmicas e à soberania do Oriente Médio

O chanceler iraniano, Abbas Araqchi, alertou neste domingo (22) sobre uma suposta conspiração entre os Estados Unidos e Israel para enfraquecer governos de países islâmicos e tomar o controle da região do Oriente Médio. A declaração foi feita durante uma conversa telefônica com seu homólogo iemenita, Jamal Ahmed Amer.

Araqchi condenou as recentes ações militares realizadas pelos EUA, Reino Unido e Israel contra o Iêmen, classificando-as como violações flagrantes do direito internacional. Segundo ele, os EUA atuam como representantes de Israel em uma trama conjunta para enfraquecer as nações islâmicas e consolidar seu domínio na região.

O chanceler iraniano também elogiou o que chamou de “resistência honrosa do povo iemenita” em apoio à Palestina, ressaltando a solidariedade entre os povos na luta contra agressões externas.

Por sua vez, o chanceler iemenita agradeceu o apoio do Irã ao Iêmen e destacou os esforços para resistir às investidas dos EUA e Israel. Segundo Amer, as nações islâmicas devem unir forças para impedir que tais ações atinjam seus objetivos de dominação regional.

A declaração reflete um tom crítico em relação à presença e influência de Israel e dos EUA no Oriente Médio, reiterando as tensões que envolvem os países islâmicos na região.

Ataques aéreos de Israel no Iêmen causam ao menos nove mortes

Uma série de intensos ataques aéreos realizados por Israel abalou a capital do Iêmen, Sanaa, e uma cidade portuária na província de Hodeidah, deixando ao menos nove mortos, segundo informações divulgadas pela mídia controlada pelo partido revolucionário iemenita Ansar Alá.

O exército de Israel afirmou que os ataques, realizados na manhã de quinta-feira (19), tinham como alvo “objetivos militares” dos revolucionários iemenitas na região costeira ocidental e no interior do Iêmen. Os bombardeios ocorreram após a interceptação de um míssil lançado pelo grupo em direção a Israel.

Os ataques atingiram o porto de as-Salif e instalações de petróleo em Ras Isa, segundo a emissora Al Masirah, ligada ao partido revolucionário. Também foram reportadas investidas contra duas usinas de energia próximas a Sanaa. De acordo com a agência de notícias SABA, vinculada ao movimento, as ações israelenses resultaram em mortes e feridos entre funcionários das instalações atingidas.

Em resposta, o Ansar Alá afirmaram ter lançado dois mísseis balísticos contra “alvos militares sensíveis” em Yaffa, ao sul de Telavive. Segundo eles, a operação foi bem-sucedida e representou uma retaliação à ofensiva israelense.

Líderes do Ansar Alá prometeram intensificar as ações enquanto Israel mantiver sua ofensiva na Faixa de Gaza, onde, segundo relatórios, mais de 45 mil pessoas já morreram, a maioria mulheres e crianças.

A situação também gerou reações internacionais. Representantes iranianos e do partido iemenita Ansar Alá acusaram os EUA de cumplicidade nos ataques israelenses, alegando hipocrisia imperialista ao apoiar bombardeios contra alvos civis no Iêmen.

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