Nesta sexta-feira (22), o Ministério das Relações Exteriores do Irã e a Organização de Energia Atômica do Irã (AEOI) publicaram uma declaração conjunta afirmando que diretrizes foram emitidas para “iniciar a operação de um número substancial de centrífugas avançadas de vários modelos“.
A medida foi tomada em resposta à provocação realizada pelo imperialismo, através da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), agência que faz parte da ONU.
Recentemente, o Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), aprovou uma resolução em que se afirma que o Irã não cooperou adequadamente com a agência, no que se refere ao seu programa nuclear, e solicitou um relatório “abrangente” sobre as atividades nucleares iranianas “o mais tardar” até a primavera de 2025.A resolução foi aprovada por apenas 19 membros. De um total de 35, 12 se abstiveram da votação e três votaram contra.
Segundo informado pela emissora Press TV, na declaração conjunta do Irã é afirmado que a resolução da AIEA foi “politicamente motivada”, tendo sido aprovada sob “pressão e insistência” do imperialismo, especialmente da Grã-Bretanha, França, Alemanha e Estados Unidos, acrescentando que “a política de princípios da RI do Irã tem sido consistentemente se envolver construtivamente com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) dentro da estrutura de direitos e obrigações consagrados no Tratado sobre o TNP e no Acordo de Salvaguardas Abrangentes“.
Nesta quarta-feira (20), Rafael Grossi, diretor-geral da AIEA, declarou que teve conversas construtivas com autoridades em Teerã, conforme noticiado pela Press TV. Na ocasião, Grossi disse que “o que vejo é uma disposição para se envolver e trabalhar conosco — não apenas no contexto da reunião com o presidente, mas também com o ministro das Relações Exteriores”, informando também que o Irã teria concordado em “limitar seu estoque de urânio enriquecido a 60% e aceitar novos inspetores que a agência precisa ter no Irã”, conforme a citada emissora.
Em entrevista à mesma Mohsen Naziri Asl, representante permanente do Irã no escritório das Nações Unidas em Viena, declarou que “esta resolução não analisa essas promessas, nem o roteiro que concordamos com o DG para seguir adiante“, acrescentando que “nossa reação está, é claro, de acordo com nossos direitos legítimos“.
Conforme noticiado recentemente por este Diário, o Irã já havia alertado que daria uma resposta rápida a qualquer resolução contra seu programa nuclear pacífico.