O extermínio da população em Gaza sempre fez parte um projeto muito maior do imperialismo e de seu Estado fictício de “Israel” na região. A grande tentativa dos sionistas por trás de controlar todo local é de controlar as cadeias de suprimentos e rotas de comércios ali existentes, as quais podem sufocar a economia de vários outros países, principalmente da Europa.
Um artigo publicado pelo Mondoweiss tenta mostrar como o governo israelense tenta desesperadamente derrotar o Eixo da Resistência por meio do controle da cadeia de suprimentos regional. O que aparentemente não tem dado muito certo até o momento, visto o caso do Mar Vermelho, onde os iemenitas estão bloqueando a passagem de todo e qualquer navio que traga suprimentos a “Israel” ou que carregue qualquer bandeira do imperialismo.
“O conflito global da cadeia de suprimentos se estendeu à região MENA. No contexto de sua guerra em Gaza em 2023, Israel buscou explorar sua integração dentro das cadeias de suprimentos globais e regionais para atingir seus objetivos militares. Ao armar sua posição dentro dessas redes de suprimentos, Israel visava promover seus objetivos estratégicos”, aponta o Mondoweiss.
Ainda de acordo com o artigo, a resistência armada já percebeu a estratégia da ocupação e está trabalhando para derrotar essas tentativas de “Israel”. Em um discurso público recente em 4 de outubro, o Líder Supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, destacou pela primeira vez o que ele descreveu como planos dos EUA e de “Israel” para controlar os recursos naturais da região, descreve o texto.
Khamenei afirmou que a atual campanha de guerra de “Israel” visa posicionar “Israel” como um centro de exportação de energia para a Europa e importação de tecnologia para garantir sua sobrevivência. Ele pediu resistência contra o chamado Corredor Econômico Índia-Oriente Médio-Europa (IMEC), uma proposta de ponte terrestre conectando Índia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, “Israel” e Europa.
Alguns dias após a fala de Khamenei, o parlamento iraniano discutiu a introdução de um projeto de lei para uma aliança defensiva com os países pertencentes ao Eixo da Resistência. Khamenei elaborou ainda mais essa visão em 27 de outubro, pedindo o estabelecimento de “uma aliança política e econômica global, e se necessário uma militar” para confrontar “Israel” e parar seus crimes em andamento contra os povos da região.
Com o aumento das tensões na região, “Israel”, desde 2022, tenta estreitar seus laços econômicos para conseguir total controle dessa cadeia de suprimentos. Apesar de estar conseguindo algo, em 2023 a situação mudou completamente. “No início da guerra de Gaza, Israel concedeu 12 licenças a seis empresas para explorar gás natural na costa do Mediterrâneo, com um beneficiário sendo a empresa petrolífera nacional do Azerbaijão, Socar. O Azerbaijão desempenhou um papel crucial no fornecimento de energia a Israel via Turquia. Apesar da Turquia suspender as relações comerciais com Israel após o conflito de Gaza, Israel continuou recebendo gás azeri por meio de portos turcos”, afirma o Mondoweiss.
Logo após a operação Dilúvio de Al-Aqsa de 7 de outubro, a situação tem ficado cada dia pior para o governo israelense em sua tentativa de consolidar sua dominação na região. Se essa situação não se modificar em breve, é muito provável que o fim de “Israel” possa estar mais perto do que nunca.