Segundo matéria do portal Metrópoles, o “número de investigações por casos de terrorismo explodiram em 2023, e atingiram o maior nível” desde 2016, quando a Lei Antiterrorismo foi sancionada. Os dados foram obtidos em relatório da Polícia Federal que afirma que “51 inquéritos policiais foram instaurados em 2023 para investigar casos de terrorismo”.
Ao todo, desde o sancionamento da lei, foram 117 inquéritos abertos. A maioria das investigações, portanto, se deram nos anos de 2023, com 51, e até novembro de 2024, com 19. Ou seja, os dois últimos anos respondem por mais da metade do total de inquéritos desde 2016.
Essa aumento certamente tem relação com as pressões do imperialismo e do sionismo dentro das instituições repressivas brasileiras, pressões que foram reforçadas pelo episódio de 7 de Outubro e o aumento da luta contra o genocídio em Gaza.
Esses números também revelam o aumento da atividade repressiva das instituições não no sentido criminal genérico, mas no caminho de uma repressão política. O “terrorismo” serve essencialmente para esconder uma determinada perseguição política a grupos ou pessoas.
A esquerda pequeno-burguesa está reforçando justamente esse cenário repressivo ao defender a aplicação dessa lei absurda sob o pretexto falso de que estaria sendo usada para perseguir o bolsonarismo. Falso porque não vai conter o fascismo, já que a essência da lei e daqueles que a exercem é o fascismo.
No entanto, mesmo no caso da perseguição ao bolsonarismo isso só prova que a lei é política. No final das contas que está acontecendo é a abrindo um brecha para que a lei seja usada contra o povo e a própria esquerda.
O caso de Lucas Passos, preso pela Polícia Federal por uma acusação absurda de ligações com o Hesbolá, que nem é um grupo terrorista, mostra o real conteúdo dessa lei.
Ele está preso há quase 400 dias, num inquérito farsa guiado abertamente pela CIA. Uma aberração!
Enquanto a esquerda brinca com fogo aplaudindo a aplicação dessa lei contra bolsonaristas de meia tigela, a PF e o Judiciário preparam o terreno para uma repressão contra os movimentos de esquerda e populares.