Na quarta-feira (19), uma equipe de resgate marítima afirmou que o navio Tutor, de propriedade grega, afundou devido a uma operação feita pelo Iêmen no Mar Vermelho na semana passada.
O exército iemenita tem conduzido operações do tipo desde novembro de 2023 em defesa do povo palestino. O governo do país afirma que não irá cessar suas ações contra embarcações de “Israel” ou relacionadas à ocupação sionista a não ser que o genocídio em Gaza chegasse ao fim.
Diante da crise gerada pelo Iêmen, segundo a Reuters, importantes grupos industriais navais emitiram um comunicado na quarta-feira exigindo que os países imperialistas interviessem na situação:
“Estes ataques devem parar agora. Apelamos aos Estados com influência na região para assegurarem os nossos marinheiros inocentes e para a rápida desescalada da situação no mar Vermelho”, diz o comunicado.
O texto ainda levante preocupações com a utilização de drones navais de ataque pelo Iêmen. O próprio Tutor foi atingido por mísseis e um barco controlado remotamente carregado de explosivos, segundo as Operações de Comércio Marítimo do Reino Unido (UKMTO, na sigla em inglês).
“Eles [os drones navais] são mais difíceis de defender e potencialmente mais letais quando atingem a linha d’água. O primeiro uso bem-sucedido de uma embarcação de superfície não tripulada representa um novo desafio para a navegação comercial em um ambiente já complexo […] os mísseis causaram – até o momento – principalmente danos ao convés e à superestrutura [dos navios].”
