Expressando a revolta geral dos índios contra o massacre a que estão sendo submetidos, com mortes de jovens indefesos com tiros na cabeça e atropelamentos nos últimos das, no Mato Grosso do Sul, índios da Aldeia Amambaí expulsaram de suas terras, no último fim de semana, políticos e cabos eleitorais do PSDB, que faziam mais uma investida eleitoral na região com falsas promessas na tentativa de ludibriar eleitores, enquanto trabalham todos os dias contra os interesses dos índios e dos trabalhadores. O PSDB é o partido do governador Eduardo Riedel, dos latifundiários e grileiros, dos invasores das terras dos índios e da Polícia Militar assassina.
É assim que se faz!
A combativa e espontânea reação, que já vem ocorrendo em outras comunidades, expressa a ampla rejeição aos partidos e políticos tradicionais, que, agora, fingem estar do lado do povo, gastando milhões em suas campanhas para tentar enganar aqueles com quem nunca se preocupou. A rejeição a esses delinquentes políticos, responsável pela miséria em que se encontra o povo trabalhador, só não maior porque a maior parte das organizações da esquerda brasileira não só contém e não impulsiona estas corretas iniciativas, como, muitas vezes, repete as práticas da direita, dizendo que isso é “democracia”.
A reação em Amambai se dá em meio a uma combativa campanha dos candidatos e militantes do PCO na região, que fazem do processo eleitoral um momento de educação política e mobilização dos índios na defesa de suas reivindicações. Isto é, da imediata demarcação das terras, atendimento de saúde, água e condições de plantio para todos. Uma campanha que, acima de tudo, afirma afirma claramente que essas e outras reivindicações só poderão ser amplamente conquistadas por meio da luta e da conquista de governos dos trabalhadores, de conselhos populares formados por representantes dos índios e do povo trabalhador da cidade, que ponha fim à ditadura do latifúndio que impera nessas regiões.
Covardes ameaçam
Diante do crescimento da revolta e e da evolução política de importantes parcelas dos índios, a direita passou a fazer circular ameaças contra a integridade física e a própria vida de lideranças como o companheiros Daniel Leme, guarani-caiouá, candidato a prefeito de Amambai pelo PCO.
Em meio à campanha, Daniel gravou o vídeo abaixo, denunciando as ameaças.
A única maneira de parar a mão assassina do latifúndio e de suas forças repressivas é a mobilização ampla e geral dos que são ameaçados por sua política criminosa.
Mobilizar
É preciso a mais ampla unidade dos índios, dos que lutam pela terra, para denunciar e mobilizar contra esse e outros ataques e conquistar as reivindicações dos índios e de todos os que lutam pela terra para nela morar e produzir, contra o latifúndio e contra os especuladores.
É preciso deixar para trás a política de conciliação com os inimigos dos indígenas e dos trabalhadores, levada adiante por setores da esquerda, como a cúpula do PT integrada ao governo Ridel no MS, e o Ministério dos Povos Indígenas, sob o comando de Sono Guanabara (PSOL), que não move um dedo para apoiar a luta dos que estão sendo massacrados e ameaçados e ainda se confraterniza com os carrascos dos indígenas! Essa politica de capitulação é uma política de derrotas e uma aberta traição aos índios e a todo o povo trabalhador.