Dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério de Trabalho, sobre o emprego bancário no mês de setembro, confirmam, mais uma vez, a tendência dos banqueiros em reduzir cada vez mais os postos de atendimento para a população, o efetivo de trabalhadores bancários e, também, transformar os bancários em terceirizados.
Segundo os dados do Caged, foi apurado um saldo negativo de 77 postos de emprego bancário no País, ou seja, no mês de setembro foram fechados definitivamente mais 77 empregos da categoria.
“Este resultado é a diferença entre as 3.608 admissões e os 3.685 desligamentos bancários registrados no mês” (Site Dieese 06/11/2024). E mais, “por outro lado, foram abertos 2.935 postos de emprego no ramo financeiro, exceto categoria bancária, no mesmo período, com destaque para as CNAEs crédito cooperativo (+678 postos), Atividades auxiliares dos serviços financeiros não especificadas anteriormente (+555 postos) e Planos de saúde (+431 postos) […] o saldo de emprego bancário no país acumula um saldo negativo de 5.270 postos nos últimos doze meses, entre outubro de 2023 e setembro de 2024. No ano de 2024, o emprego bancário acumula um saldo negativo de 4.499 postos. O emprego no ramo financeiro, exceto categoria bancária, por outro lado, acumula um saldo positivo de 26.242 nos últimos doze meses, e 20.379 no ano de 2024” (Idem).
Os banqueiros estão numa grande cruzada contra a categoria, demitindo em massa os trabalhadores bancários para aumentar ainda mais os seus lucros. Os dados apresentados pelo Caged não deixam dúvida no que diz respeito a essa ofensiva. E estes parasitas se utilizam da lei das terceirizações aprovada no governo do golpista Michel Temer para levá-la adiante.
Essa política vem sendo aplicada tanto nos bancos privados quanto nos bancos públicos que estão na mira da direita golpista para a privatização. O exemplo da Caixa Econômica Federal é expressão clara disso: “um levantamento feito em agosto de 2024 pelo Dieese mostrou que a Caixa está com um déficit de 121.871 empregados, cuja contratação seria necessária para voltar para a mesma relação de clientes por empregado que houve em 2013” (Idem).
Nesse sentido, é preciso ressaltar que somente a luta dos trabalhadores bancários poderá barrar a ofensiva dos banqueiros. É necessário exigir, das direções das entidades de luta da categoria, organizar uma luta feroz contra essa política de massacre dos banqueiros, que tem levado dezenas de milhares de bancários a perderem seus empregos todos os anos.