Uma operação das forças de ocupação israelenses, realizada em dezembro do ano passado em Gaza e que resultou na morte do prisioneiro Sahar Baruch, de 25 anos. tinha como alvo Noa Argamani, que acabou sendo libertada seis meses depois, informou o órgão sionista Canal 12. O canal aponta que as tropas agiram com base em uma informação falsa de que Argamani estava sendo mantida em um edifício em Gaza, mas a pessoa capturada era Baruch.
As tropas foram recebidas com uma intensa barragem de tiros ao entrarem na estrutura, e a operação de resgate transformou-se em uma missão para evacuar os feridos, já que vários soldados israelenses ficaram gravemente feridos. Baruch morreu nos confrontos subsequentes entre a resistência palestina e as forças de ocupação, atingido por um tiro na cabeça.
Isto é, uma falha na inteligência israelense resultou na morte de um cidadão de “Israel”.
Uma pesquisa recente realizada pelo jornal israelense Maariv mostrou que 74% dos israelenses acreditam que “Israel” deveria buscar um acordo abrangente para o retorno de todos os prisioneiros em Gaza, mesmo ao custo de encerrar a guerra. A pesquisa mostra a crise da entidade sionista, que defende manter as agressões contra a população inocente da Palestina, enquanto está perdendo a guerra na questão militar e de propaganda.
O Canal 12 revelou os resultados de um novo estudo que indica que o público israelense está passando por “trauma coletivo contínuo” devido à situação. Segundo o relatório, “mais da metade do sofrimento psicológico geral entre a população, ligado à guerra em curso, decorre do choque dos sequestros [dos reféns]”.
Ou seja, “Israel” mantém sua ofensiva ao custo de seus próprios cidadãos.
No início de dezembro, o Hamas apontou que o reconhecimento pelas forças militares de ocupação israelenses de sua responsabilidade pelas mortes de seis prisioneiros confirma a precisão do relato da resistência palestina sobre os eventos e expõe a falsidade dos argumentos da ocupação israelense como falsa, responsabilizando-a pelas consequências que se seguiram.
O movimento destacou que a morte de mais prisioneiros israelenses pelas forças de ocupação israelenses comprova ainda mais o fracasso da política do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netaniahu, enfatizando que a pressão militar não liberta prisioneiros, ela apenas os mata.
O Hamas responsabilizou diretamente Netaniahu pelas mortes de dezenas de prisioneiros devido à sua falha em alcançar um acordo e reiterou que “a única solução era pôr fim à agressão, retirar as forças de ocupação israelenses e proceder com um acordo de troca de prisioneiros” — o que “Israel” se nega a fazer.
Uma investigação militar dos próprios sionistas apontou a responsabilidade das forças de ocupação pela morte de seis prisioneiros em um ataque aéreo a um local em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. Anteriormente, em 20 de agosto, as forças de ocupação mencionaram que encontraram os corpos de seis prisioneiros e os corpos de seis combatentes da resistência palestina em um túnel nas proximidades da área alvo em fevereiro.
Segundo o Hamas, 33 prisioneiros israelenses mantidos pela resistência foram mortos, além de outros desaparecidos. O Hamas atribuiu a culpa das mortes às ações de Netaniahu e ao seu “exército fascista”. “Ao continuar sua guerra imprudente, você pode perder seus prisioneiros para sempre”, alertou o partido palestino, acrescentando: “faça o que for necessário antes que seja tarde demais”.
Ao manter seus bombardeios criminosos, “Israel” não apenas mata seus cidadãos, como entra em conflito com a maioria da população, que deseja ver os prisioneiros libertados — o que só poderia ser feito com um cessar-fogo e uma troca de prisioneiros. Milhares de palestinos estão presos nas masmorras de “Israel”, sendo torturados e estuprados, como mostram inúmeros relatos.
Ao matar os inocentes palestinos e seu próprio povo, o sionismo mostra toda a sua face fascista, de total desprezo à vida humana.