Alexander Bortnikov, diretor do Serviço Federal de Segurança (FSB), principal agência de segurança e inteligência da Federação Russa, informou nesta terça-feira (10) que agências de espionagem do imperialismo (CIA, MI6 etc.) estão tentando criar focos de instabilidade na Rússia, explorando as inúmeras nacionalidades que existem em território russo e as diferenças religiosas entre elas. A ação do imperialismo estaria acontecendo nas regiões onde essas diferenças são mais acentuadas.
Bortnikov declarou que a Ucrânia “com o apoio dos serviços de inteligência ocidentais, tem fornecido propaganda anti-Rússia agressiva, intensificando o recrutamento de sabotadores e terroristas, sem se esquivar de enganos, ameaças e chantagens”. Destacando que a Ucrânia não é a única força sendo utilizado pelo imperialismo, o diretor do FSB também informou que organizações internacionais têm “formado células terroristas entre trabalhadores migrantes, tentando envolver jovens, incluindo crianças em idade escolar e estudantes, em atividades criminosas”, acrescentando que boa parte dos trabalhadores migrantes arregimentados vem da Ásia Central.
Foi destacado que, no ano passado, cerca de 190 conspirações do imperialismo foram frustradas, com a detenção de mais de 1.700 suspeitos, a apreensão de mais de 100 mil armas de fogo ilegais e ao menos 5.500 dispositivos explosivos.
O diretor do FSB chamou a atenção para o norte do Cáucaso (sul da Rússia), onde organizações internacionais tentam incessantemente estimular um radicalismo religioso na população antagônico à Rússia. A região não é estranha aos ataques impulsionados pelo imperialismo, tendo sido alvo de inúmeros ataques na década de 1990 e início dos anos 2000.
A derrubada do governo nacionalista de Bashar al-Assad, na Síria, tende a impulsionar essa ação do imperialismo contra a Rússia, pois foi constatada grande presença de mercenários de países da Ásia Central, como o Uzbequistão, Quirguistão e Tajiquistão, assim como chechenos, em meio às milícias imperialistas que deram o golpe imperialista, podendo tais grupos serem, dentre outras coisas, um laboratório para a criação de mercenários do imperialismo visando ataques contra a Federação Russa.