Desde 26 de outubro último, quando das eleições parlamentares da Geórgia, o imperialismo vem tentando derrubar o governo do país através de uma revolução colorida. Embora as forças de segurança por ora venham sendo bem sucedidas em conter a tentativa, o Serviço de Segurança do Estado da Geórgia (SSSG) informa que as manifestações golpistas devem se intensificar essa semana.
Conforme comunicado do SSSG publicado nesta terça-feira (10), o objetivo imediato dos manifestantes a serviço do imperialismo é interromper as eleições presidenciais, que estão marcadas para sábado (14), nas quais o cenário mais provável é a eleição de membro do Sonho Georgiano, configurando mais um golpe contra o imperialismo, em razão de a atual presidente, Salome Zurabishvili, ser uma agente do imperialismo dentro da Geórgia. O objetivo com a interrupção seria gerar uma crise de poder e avançar o golpe de Estado:
“De acordo com as informações recebidas, os organizadores de ações destrutivas e criminosas planejam garantir que o processo eleitoral presidencial da Geórgia não ocorra em 14 de dezembro de 2024 e interferir de todas as formas na eleição do sexto presidente da Geórgia, que irá causar artificialmente uma crise de poder”, informou o SSSG
O serviço de segurança prevê “o agravamento máximo da situação na terça, quarta e quinta-feira desta semana”. Isto também ocorreria “parcialmente na sexta-feira”, após o que ocorreria a morte de duas ou três pessoas”. Planejadas pelo imperialismo, as mortes seriam utilizadas pela oposição golpista contra o governo, culpando a polícia com a finalidade de dar um impulso ainda maior às manifestações golpistas:
“Com estas vítimas tentarão aumentar a carga de protesto, incentivar um clima radical, que, segundo as suas intenções, deverá evoluir para numerosos processos e de forma velada as autoridades deverão ser responsabilizadas por tudo”, destaca o comunicado do serviço de segurança, que informa que a implementação destes processos é realizada por atores locais com a coordenação de serviços de inteligência estrangeiros, conforme noticia a emissora Sputnik.
O plano segue o modo de operação utilizado pelo imperialismo para derrubar o governo de Viktor Yanukovich, em 2014 na Ucrânia. Em fevereiro daquele ano, franco atiradores pertencentes ao movimento golpista mataram vários manifestantes golpistas, fato que foi utilizado pelos líderes ucranianos da revolução colorida e pelo imperialismo para intensificar o golpe de Estado. Conforme já noticiado por este Diário, citando revelações feitas por jornalista ucraniana, reproduzidas no documentário Revelando a Ucrânia, agentes do imperialismo teriam dito a líderes golpistas que a morte de poucos manifestantes não era suficiente para um golpe, e que era preciso ao menos 100 mortos.