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Leste Europeu

Imperialismo impulsiona Revoluções Coloridas pelo Leste Europeu

Pressão externa sobre Moldávia e Transnístria visa dobrar vizinhos da Rússia a e tornar a população local bucha de canhão

A instabilidade na Moldávia e na Transnístria reflete um movimento contínuo e estratégico das potências imperialistas para cercar a Rússia, e enfraquecer sua posição na região. Movimentos financiados e apoiados por esses blocos liderados pelos norte-americanos promovem mudanças políticas alinhadas aos seus interesses, chamados de revoluções coloridas. Essa interferência imperialista em forma de golpes de Estado ocorreram de maneira intensa e visível em países vizinhos da Rússia, com o intuito de remodelar o cenário geopolítico e afastar qualquer influência russa das fronteiras até enfraquecer a política do gigante eurasiático.

Situada em um ponto estratégico do Leste Europeu, a Moldávia carrega um passado marcado pela relação com a Rússia e pela influência ocidental. Desde a independência da Transnístria nos anos 90, região de maioria russa que não reconhece a autoridade do governo moldavo, as tensões nunca cessaram.

Esse território separatista mantém apoio político e militar russo, enquanto a Moldávia, cada vez mais, se aproxima politicamente do imperialismo, ainda que com ampla resistência popular. Atualmente, os blocos imperialistas intensificam esforços para alinhar a Moldávia aos seus interesses, oferecendo incentivos econômicos e apoio político em troca de um distanciamento progressivo de Moscou.]

Ao promoverem uma farsa de que o futuro da Moldávia passa pela integração total à Europa, os Estados Unidos e a União Europeia pressionam o governo moldavo a abrir mão de qualquer vínculo com a Rússia. Essa estratégia de interferência busca manter o país sob uma esfera de influência ocidental, mesmo que às custas da estabilidade local.

Por tais motivos, a Transnístria é vista pelo imperialismo como um obstáculo em seus planos de expansão na região. Sua proximidade com a Rússia e o histórico de apoio militar russo tornam-na um ponto de resistência contra a interferência direta, assim como foi o Donbass na questão ucraniana.

Com uma população que se identifica cultural, política e etnicamente com a Rússia, a Transnístria representa não apenas um símbolo de oposição às pressões imperialistas, mas também um ponto geográfico que impede o domínio total da Moldávia pelos norte-americanos. No entanto, o aumento da pressão externa sobre a Moldávia para que rompa qualquer tipo de laço com a Transnístria é um movimento que expõe a verdadeira intenção dessas potências: reduzir qualquer possibilidade de influência russa na região.

Organizações não-governamentais financiadas pelo capital imperialista, aliadas a movimentos políticos locais também respaldados pela União Europeia, promovem a ideia de uma “Moldávia europeia,” ignorando completamente a complexidade histórica da Transnístria e a resistência da população local a essa pauta ocidental. Um exemplo claro dessa política de intervenção foi o Euromaidan, na Ucrânia, em 2014.

Apresentada como uma revolução popular, a ação, na realidade, foi fomentada e patrocinada pelas potências imperialistas com o objetivo de remover a influência russa e colocar o país sob domínio econômico e político dos Estados Unidos, como denunciado incessantemente por este Diário. O resultado foi o estabelecimento de um governo rigidamente alinhado ao imperialismo, que implementou políticas diretamente controladas pelo governo norte-americano, e um regime de enfrentamento aos russos inclusive dentro do p’roprio território ucraniano.

Desde então, o governo ucraniano adotou uma postura provocativa e hostil em relação aos russos, alimentando tensões e criando uma situação de constante ameaça de conflito na região. A Ucrânia tornou-se um exemplo de como as revoluções coloridas podem levar a um alinhamento total de nações sob ditames imperialistas, ainda que ao custo de liberdade e estabilidade para a população local.

O exemplo mais recente dessa política de interferência é o da Geórgia, onde as revoluções coloridas ganharam força em 2003 com a Revolução Rosa, uma ação financiada e impulsionada por potências externas para derrubar o governo popular e colocar no poder uma liderança motivada ao enfrentamento ocom os russos. A Geórgia, assim como a Moldávia, ocupa uma posição geográfica crucial e, por isso, é vista como um alvo para a expansão do imperialismo em direção ao território da Federação Russa.

Esse tipo de golpe não se limita à substituição de líderes locais; trata-se de uma operação estratégica para minar qualquer resistência e manter o país no controle das potências imperialistas. A situação da Geórgia serve como modelo para outras intervenções na região, e a presença de organizações estrangeiras e grupos de oposição moldados por interesses externos mostra a extensão do controle imperialista na área.

A tentativa de remover qualquer aliança moldava com Moscou implica em um cerco direto à Rússia, através da manipulação de governos e da criação de movimentos que promovem o ideal de uma “Moldávia europeia,” às custas da própria identidade e estabilidade da população local. Especialmente na Transnístria, assim como no Donbass, a população vê a Rússia como um apoio indispensável. A pressão externa serve para moldar a Moldávia à imagem das potências imperialistas, criando uma situação onde o governo moldavo se torna mais um submisso ao imperialismo, tornando a população bucha de canhão dos monopólios, a exemplo do que fizeram com a Ucrânia.

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