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Valéria Guerra

Jornalista (UMESP), historiadora, atriz com DRT-RJ, escritora, colunista do 247, PCO, e do meu site (https://guerraluz.prosaeverso.net/); mestre em Intervenção Psicológica no Desenvolvimento e na Educação; professora do Estado do RJ na cadeira de biologia, poetisa e ativista contra a desigualdade no Brasil e no mundo.

Coluna

Imperialismo é um rolo compressor e o identitarismo tem pressa

Estamos lidando realmente com um grande big stick, que manda o porrete por sobre a cabeça dos súditos imperiais

Soberania ou biopolítica, eis a questão. Príncipes, reis, soberanos, com pátrio poder do direito romano, o pai tem o direito de vida ou morte sobre os filhos, sobre sua família, sobre seus escravos, já que a base do poder é do pai.

Do ponto de vista do direito romano, o soberano tem o poder da morte sobre seus comandados e/ou súditos. Isto não está mui longe da nossa contemporaneidade, vide o que ocorre com as guerras estabelecidas, entre o povo faminto e os poderes estabelecidos.

O direito absoluto não existe mais, fora diluído a partir do século XVII. Causar a morte ou deixar viver os seus súditos “já não é mais lícito”, porém atualmente é lícito aos soberanos enviarem seus súditos às guerras; e isto é ter pátrio poder sobre estas pessoas.

Os trechos citados abaixo demonstram um pouco do histórico da futura candidata à presidência estadunidense Kamala Harris.

“Em 2003, Kamala Harris, de 59 anos, tornou-se a primeira mulher a ser eleita como a principal promotora de San Francisco, depois de ter feito campanha com base em uma promessa de não buscar a pena de morte.
Sua posição foi testada quase que imediatamente, quando o policial Isaac Espinoza foi morto em 2004. Apesar da pressão de vários democratas da Califórnia, incluindo os dois senadores do Estado, para aplicar a pena de morte ao membro da gangue que matou Espinoza, Kamala manteve-se firme e garantiu uma sentença de prisão perpétua sem liberdade condicional”.

Ela irritou críticos progressistas com outras medidas, incluindo uma política de processar criminalmente os pais de crianças que faltavam à escola e rejeitar um pedido de teste de DNA de um homem negro no corredor da morte que diz ter sido condenado injustamente por assassinato.

Por muito tempo, um dos privilégios característicos do poder soberano fora o direito de vida e morte. Sem dúvida, ele derivava formalmente da velha pátria protestas que concedia ao pai de família romano o direito de ‘dispor’ da vida de seus filhos e de seus escravos; podia retirar-lhes a vida, já que a tinha ‘dado’.

Mas ela atraiu críticas da esquerda por um plano para desencorajar a evasão escolar processando os pais de crianças cronicamente ausentes – embora ninguém tenha ido para a cadeia enquanto ela era promotora distrital, e Kamala disse em 2010 que a evasão escolar no ensino fundamental havia caído 33% nos dois anos anteriores.

O imperialismo norte-americano traz em seu histórico demanda por capitanear terras e vidas, através de atitudes opressoras: O Destino Manifesto com sua sede de conquista de expansão do oeste: eliminou índios, e colonizou suas mentes, a Doutrina Monroe, assim chamada por ter sido criada durante o governo do presidente norte-americano James Monroe, foi anunciada ao Congresso dos Estados Unidos no dia 2 de dezembro de 1823. Teve como objetivo a não interferência dos países europeus nos países americanos e, sob o slogan ‘América para os Americanos’, pretendia defender as nações recém tornadas independentes de todo o continente americano de uma possível recolonização.”

Estamos lidando realmente com um grande big stick, que manda o porrete por sobre a cabeça dos súditos imperiais: “As fronteiras na América do Norte continuaram a sofrer mudanças. Os Estados Unidos, além das terras obtidas junto ao México, compraram e conquistaram ainda outros territórios.

Antes da guerra com os mexicanos, os EUA haviam comprado o Estado da Louisiana da França e adquirido a Flórida da Espanha. As duas aquisições aconteceram em 1803. Em 1867, o território do Alasca foi comprado da Rússia.

Mas a expansão territorial norte-americana não parou por aí. Em 1898, os EUA anexaram o Havaí e entraram em guerra contra a Espanha. O resultado dessa guerra foi a conquista de Porto Rico, no Caribe, atualmente um Estado-Livre associado, e, no Oceano Pacífico, das ilhas Guam e das Filipinas. Estas adquiriram posteriormente sua independência.

Aqui no Brasil, em 1964, já havia uma operação chamada Brother Sam, preparadíssima para invadir o Brasil, através do Rio de Janeiro, caso o presidente João Goulart não se rendesse diante de um golpe militar que levou o Brasil a um estado sem direito, que durou vinte anos.

Bem, o que concluímos com este resumo aqui delineado, sob forma de artigo, é a pressa que o imperialismo sempre tem em sua sede de conquistar tudo, e o seu afilhado, o identitarismo – está crescendo no mesmo forno: Que Deus abençoe a América, e consequentemente o Brasil. Corroborando com Foucault: “que cesse o medo, o julgamento e a destruição”.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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