O Tribunal Penal Internacional (TPI) afirmou ter sofrido coerção e intimidação após os juízes emitirem mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netaniahu, e seu ex-ministro da guerra.
Falando aos membros do TPI em Haia, a presidente do tribunal, Tomoko Akane, declarou que a corte enfrentou “medidas coercitivas, ameaças, pressões e atos de sabotagem”. Akane alertou: “Estamos em um ponto de virada na história… O direito internacional e a justiça internacional estão sob ameaça. Assim como o futuro da humanidade”.
A presidente do TPI destacou que vários oficiais eleitos estão sendo “gravemente ameaçados” e submetidos a mandados de prisão por um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Além disso, ela afirmou que o tribunal enfrenta “sanções econômicas draconianas” de outra potência do Conselho de Segurança, sendo tratado como “uma organização terrorista”.
Akane considerou chocante que países se mostrem “escandalizados” quando o TPI emite mandados baseados no direito internacional e alertou que, se o tribunal colapsar, isso implicará no colapso de todas as situações e casos sob sua jurisdição.