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Oriente Médio

Iemenitas comemoram 10 anos de revolução e prometem surpresa

O governo do Iêmen, após 10 anos de revolução, nunca esteve tão forte, os EUA e “Israel” nunca estiveram tão fracos

O último sábado (21), foi um dia muito importante para o Iêmen, foi o aniversário de 10 anos da revolução que levou o Ansar Alá ao poder. Em 2014 poucos imaginaram a potência dessa revolução. A força militar dos iemenitas no Mar Vermelho, e agora com ataques militares a “Israel” colocam o país no centro da luta política mundial, essa é a força de uma revolução. Uma parada militar e um discurso do líder do partido Abdul Malic al-Huti marcaram o aniversário.

A tradicional parada militar contou com um discurso do ministro da Defesa Mohammad al-Atifi. Ele afirmou que as Forças Armadas do Iêmen (FAI) trarão “muitas surpresas” para a ocupação israelense e continuarão a atacar seus esconderijos. Também falou de uma “fase de guerra aberta, sensível e de longo prazo”. E enfatizou sua prontidão para todos os desafios futuros.

Além disso, o ministro da Defesa destacou que a indústria militar do Iêmen está passando por um rápido avanço em treinamento e capacitação, juntamente com uma grande modernização. Afirmou que o país está trabalhando para construir uma força militar defensiva capaz para preservar a soberania da República do Iêmen sobre todos os seus territórios. Isso é um recado não apenas para EUA e “Israel” mas também para Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, os tradicionais opressores regionais do Iêmen.

Ele ainda deixou implícito que o país reconquistará suas ilhas, pedindo aos “invasores e agressores para agendarem rapidamente sua retirada dos territórios e ilhas do Iêmen”, pois eles estão prestes a experimentar “o amargor de nossa prontidão militar”. “Aqueles que persistem em se opor e sitiar nosso povo por um décimo ano não devem confundir nossa paciência estratégica com fraqueza”, destacou.

O discurso do líder

Mas o discurso mais importante foi o de Abdul Malic al-Huti, o verdadeiro líder da revolução iemenita. Ele começa: “durante 10 anos, nosso querido povo preservou sua conquista, enfrentou desafios e continua a enfrentá-los, alcançando realizações importantes apesar da magnitude dos desafios. A direção oposta à Revolução de 21 de setembro, liderada pelos norte-americanos e “israelenses”, é a maior perdedora, pois perdeu o controle direto sobre nosso país. Nosso querido povo alcançou um grande objetivo com a Revolução de 21 de setembro: liberdade e independência”.

Ele então descreve como o imperialismo tentou destruir o Iêmen com 8 anos de guerra brutal que teve como linha de frente a Arábia Saudita. Huti descreve como o imperialismo perdeu completamente o controle do país: “antes de 21 de setembro, o embaixador norte-americano em Sana tinha a maior influência em várias instituições oficiais e era o principal tomador de decisões, ditando o que desejava em todos os campos. Então o embaixador em Sana perdeu completamente seu controle, fugiu do país junto com os fuzileiros navais, que tinham uma base em Sana, ao lado da embaixada americana”.

O assunto seguinte é a Palestina. Ele começa: “a postura do nosso povo em relação à causa palestina é honrosa e traz orgulho diante de Alá, de Seu Mensageiro e de toda a humanidade, impulsionando-os a fazer o que puderem em todos os campos”.

Al-Huti comenta então a crise que se abriu no Líbano: “os crimes do inimigo “israelense” no Líbano tiveram como objetivo o massacre em massa da população e cometer genocídio contra milhares de libaneses. O plantio de bombas pelo inimigo israelense em dispositivos foi destinado a matar o máximo possível de pessoas com audácia e agressão vergonhosas”. E destaca: “não importa o quanto o inimigo israelense tenha como alvo e pratique agressões, o Hesbolá não será dissuadido nem forçado a recuar de sua posição”.

Por fim, não poderia deixar de abordar o papel do Iêmen na guerra. “Em relação à nossa postura na frente de apoio no Iêmen, a terra da fé, sabedoria e Jiade, é uma postura firme e sólida, na qual buscamos algo maior e mais grandioso no apoio ao povo palestino”.

Ele destaca que: “o ataque com míssil à ocupada Jafa [Telavive] na semana passada foi uma operação importante, impactante e que abalou o inimigo. O ataque com míssil penetrou todos os sistemas de defesa do inimigo, uma conquista significativa pela graça de Alá, o Todo-Poderoso, dentro do contexto dos requisitos da quinta etapa. O tipo de ataque com míssil é recorrente e contínuo, pela vontade de Alá o Todo-Poderoso, e estamos nos esforçando, como dissemos, por algo maior”.

Um ponto importante é como estão se mobilizando tropas para uma guerra em terra: “o número de recrutas em treinamento para mobilização chegou a quase meio milhão, e há também centenas de milhares que já foram treinados dentro da formação militar”.

Ele conclui seu discurso afirmando que a comemoração dos 10 anos da revolução ainda contará com muitos eventos e que as marchas semanais em defesa da Palestina devem continuar em todo o país até o fim do genocídio em Gaza.

O governo revolucionário do Iêmen, desde a sua vitória na guerra contra os sauditas, se encontram em um momento de rápida ascensão, em todas as esferas. A capacidade militar de atacar “Israel” já foi demonstrada por dois tipos de armamento, um drone e um míssil balístico. Resta saber o que será feito com as centenas de milhares de tropas que estão preparadas para a guerra. As notícias de iemenitas na Síria começam a aparecer em fontes russas e israelenses. É possível que a próxima surpresa seja justamente um ataque por terra aos sionistas.

Mas é preciso destacar a grandeza do evento que acontece. A Revolução Iemenita se tornou um dos eventos mais importantes do século XXI. O Iêmen se torna um farol para os oprimidos do mundo inteiro. Sua capacidade militar de derrotar o imperialismo é uma demonstração do que afirmou Karl Marx, as revoluções são as locomotivas da história.

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