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Oriente Médio

Iêmen exige que países árabes apoiem a Palestina

Nessa quinta-feira (23), Sayyed Abdulmalik Badr El-Din Al-Houthi, líder do partido iemenita Ansar Alá, realizou mais um discurso

Nessa quinta-feira (23) Sayyed Abdulmalik Badr El-Din Al-Houthi, comandante do partido Ansar Alá, do Iêmen, proferiu mais um de seus discursos semanais. Como é de costume, além de fazer uma avaliação política sobre a guerra contra “Israel”, ao final do discurso, o líder iemenita convocou a população a tomar as ruas nesta sexta-feira (24) em apoio à Palestina.

Durante seu discurso, Al-Houthi denunciou a continuação do genocídio perpetrado pelos israelenses contra o povo palestino. Segundo ele, trata-se de uma demonstração de que “Israel” está desesperado diante da ação da resistência.

“Há um reconhecimento norte-americano e ‘israelense’ da impossibilidade de alcançar os objetivos da agressão em Gaza; insistir neles é meramente um meio de matar”, disse.

Na ocasião do fim da construção do porto flutuante dos Estados Unidos em Gaza, o comandante do Ansar Alá destacou que os EUA não querem ajudar os palestinos com ajuda humanitária. Para ele, trata-se de um pretexto para que o imperialismo possa estabelecer uma base militar na região:

“O porto flutuante norte-americano em Gaza é uma base militar, e Washington foi exposta quando trouxe veículos blindados e sistemas de defesa aérea.

Os norte-americanos querem transformar Gaza em uma prisão com um portão pelo mar, supervisionado por militares norte-americanos.”

Um dos grandes destaques do discurso dessa quinta-feira foi o apelo feito por Al-Houthi aos países árabes para que rompam com os Estados Unidos e com “Israel” e passem a apoiar a causa palestina de maneira incondicional. Para ele, um dos passos mais simples para fazer isso é “remover os movimentos de resistência palestinos das listas de ‘terroristas’”.

“Países árabes e islâmicos deveriam ter se mobilizado claramente para apoiar os irmãos combatentes em Gaza.

Países árabes com enormes capacidades financeiras, por que não fornecem apoio financeiro ao povo palestino e seus combatentes?”, afirmou.

Outra parte importante do discurso foi aquela dedicada ao Irã e ao recém-falecido presidente Ebraim Raisi. O líder iemenita destacou que o presidente iraniano era uma figura importantíssima para o povo, e para a luta contra o imperialismo no Oriente Médio, denunciando a tentativa da imprensa de atacá-lo após sua morte.

“O presidente Raisi foi diferente de outros líderes, distinguido por sua postura clara e corajosa, sem se preocupar com as pressões norte-americanas.

O presidente Raisi expressou a Revolução Islâmica ao adotar a causa palestina sem ser influenciado por cálculos políticos e econômicos”, disse Al-Houthi.

Confira, abaixo, o discurso na íntegra:

Sayyed Abdulmalik Badr El-Din Al-Houthi, comandante do partido Ansar Alá, do Iêmen

A agressão “israelense” em Gaza continua com a intenção de matar e destruir, mas não alcançará seus objetivos declarados.

Há um reconhecimento norte-americano e “israelense” da impossibilidade de alcançar os objetivos da agressão em Gaza; insistir neles é meramente um meio de matar.

Matar dezenas de crianças e mulheres, demolir bairros residenciais e destruir quarteirões de casas não é considerado genocídio na visão do presidente norte-americano. Matar palestinos nas ruas, atacar grupos de pessoas e esfomear centenas de milhares não é considerado genocídio por Biden. Destruir o sistema de saúde, impedir a chegada de medicamentos, matar pacientes, enterrar muitos vivos e esmagar os deficientes sob as esteiras de tanques não é genocídio na visão de Biden. Deslocar centenas de milhares, persegui-los, matá-los em abrigos e atacar padarias e poços de água não são crimes na visão de Biden. Não é surpreendente que Biden não considere o que está acontecendo em Gaza um genocídio; os norte-americanos são mestres do crime e têm precedentes em genocídios em massa.

A agressão sionista em Gaza não teria alcançado esse nível de crime sem o apoio e a cobertura norte-americanos.

O porto flutuante norte-americano em Gaza é uma base militar, e Washington foi exposta quando trouxe veículos blindados e sistemas de defesa aérea.

Os norte-americanos querem transformar Gaza em uma prisão com um portão pelo mar, supervisionado por militares norte-americanos.

Através do porto flutuante, os norte-americanos querem controlar a pouca ajuda e usá-la de uma forma que lhes sirva militarmente e sirva aos “israelenses”.

Foi estranho quando os norte-americanos alegaram parar um envio de armas para o inimigo, apenas para revelar depois que foi enviado para matar o povo palestino.

Os norte-americanos, em suas conversas anteriores sobre a suspensão de um envio de armas para o inimigo, tentaram fingir ser razoáveis, como se se importassem com vidas civis.

O anúncio do ministro da Defesa “israelense” sobre a retomada das atividades de assentamento na Cisjordânia é uma escalada perigosa destinada a consolidar a ocupação.

A profanação dos pátios da Mesquita Al-Aqsa pelo criminoso Ben-Gvir e suas ameaças é uma escalada perigosa e um desafio a todos os muçulmanos.

Os sionistas, junto com alguns meios de comunicação árabes, retratam a confrontação como meramente entre o inimigo e o Hamas.

Mesmo que o problema “israelense” fosse apenas com o Hamas, o Hamas faz parte da comunidade árabe e muçulmana, e é dever da nação apoiá-los.

Declarações e condenações de crimes sionistas foram emitidas de vários países, mas não são suficientes; passos práticos são necessários.

Os protestos devem continuar em universidades norte-americanas e europeias e em outros países.

O anúncio de três países europeus reconhecendo o Estado palestino, embora uma posição incompleta, é um passo político significativo. Esperamos que os esforços e movimentos entre outros países para reconhecer o Estado palestino continuem.

O Ocidente, que fala sobre os direitos dos gatos e outros animais, foi exposto em sua contribuição para crimes de genocídio sionista contra a humanidade.

A declaração do procurador do Tribunal Penal Internacional, que igualou a vítima e o agressor, é completamente injusta. Como o procurador pode igualar Netaniahu e seu ministro da Defesa, que são agressores criminosos, com líderes palestinos que defendem sua causa justa?

Não é mais aceitável que o Ocidente permaneça em silêncio sobre os crimes “israelenses”, pois isso é um grande escândalo, e eles quiseram tomar posições de baixo nível para igualar a vítima e o agressor.

Não esperamos que o Ocidente seja realista, justo ou imparcial, e isso não nos surpreende.

O Ocidente tem assistido ao sofrimento palestino por 76 anos e tem apoiado o inimigo “israelense” em todas as etapas.

Há uma grande responsabilidade sobre os muçulmanos, e alguns países árabes ainda não cortaram completamente suas relações com o inimigo.

É lamentável que a imprensa de alguns países árabes ainda apoie o inimigo “israelense” contra o povo palestino e seus combatentes.

Diante da escalada “israelense”, declarações e reuniões [de países] árabes não são suficientes; passos e decisões práticos e sérios são necessários.

Países árabes e islâmicos deveriam ter se mobilizado claramente para apoiar os irmãos combatentes em Gaza.

Um dos passos mais simples para alguns países árabes seria remover os movimentos de resistência palestinos das listas de “terroristas”.

Países árabes com enormes capacidades financeiras, por que não fornecem apoio financeiro ao povo palestino e seus combatentes?

Os combatentes em Gaza, com sua grande resistência, apresentaram uma imagem verdadeira que dá esperança sobre a possibilidade de alcançar a vitória.

A continuidade das operações de resistência heroicas e o bombardeio de assentamentos testemunham a extensão do fracasso do inimigo “israelense”.

Os sionistas sentem uma ansiedade existencial, que está crescendo entre eles devido ao seu fracasso em Gaza.

O círculo de isolamento internacional para a entidade “israelense” está se expandindo, e sua imagem criminosa está cada vez mais exposta, apesar de suas tentativas anteriores de encobri-la.

À luz da exposição do inimigo “israelense”, não é apropriado que qualquer país árabe entre em um acordo de normalização para ganhar proteção norte-americana.

Alguns regimes deveriam aprender com outros que confiaram na proteção norte-americana para se protegerem de seus povos, mas falharam.

Regimes que buscam proteção norte-americana de seus vizinhos deveriam mudar suas políticas hostis, pois o problema está com eles, não em seu entorno.

A boa vizinhança e a adesão aos valores islâmicos e árabes trarão segurança para alguns regimes, não a normalização.

Aqueles que se lançam nos braços norte-americanos sujeitarão todos os seus recursos e segurança à exploração norte-americana.

Dizemos com certeza que o norte-americano não se importa com o interesse de qualquer país árabe, mas seu interesse está com a entidade “israelense”.

Compartilhamos a dor da República Islâmica do Irã pelo martírio do presidente iraniano e de seu ministro das Relações Exteriores e seus companheiros.

O Irã se posicionou com a Palestina de maneira distinta, sem precedentes nos níveis oficiais árabes e islâmicos, com uma postura firme e principiada.

Não houve outra posição oficial tão forte, clara e explícita em apoiar o povo iemenita contra a agressão em nosso país como a posição iraniana.

Muitos líderes falam em um tom que sempre considera o que poderia irritar o norte-americano.

O presidente Raisi foi diferente de outros líderes, distinguido por sua postura clara e corajosa, sem se preocupar com as pressões norte-americanas.

O presidente Raisi expressou a Revolução Islâmica ao adotar a causa palestina sem ser influenciado por cálculos políticos e econômicos.

O presidente Raisi foi um líder islâmico do qual a nação poderia se orgulhar, com altas qualificações em termos de ética e conhecimento.

O presidente Raisi representa um modelo de responsabilidade e relacionamento com seu povo, que é uma lição importante para outros líderes.

A grande participação no Irã para lamentar o presidente Raisi reflete seu relacionamento positivo com seu povo, ao contrário de muitos líderes ao redor do mundo.

O presidente Raisi apresentou-se como um servo de seu povo, traduzindo isso em ações até o último momento de sua vida, o que é uma lição importante.

A coalizão de agressão tem trabalhado para plantar divisões entre o povo iemenita sob rótulos raciais, sectários, regionais e políticos.

A vontade popular em nosso país expressou apoio à Palestina, e foi mostrado quem encarnou essa vontade de maneira prática e séria.

Pela graça de Deus, durante esta semana, oito operações foram realizadas com 15 mísseis e drones no Mar Vermelho, no Mar Arábico, no Golfo de Adém e no Oceano Índico.

Uma de nossas operações militares esta semana foi direcionada para o Mar Mediterrâneo.

O número de navios alvos até agora chegou a 119, associados aos inimigos “israelenses”, norte-americanos e britânicos.

Durante esta semana, dois aviões norte-americanos MQ-9 foram abatidos nos céus das províncias de Marib e Al-Bayda.

A aeronave MQ-9 é um dos mais importantes aviões de reconhecimento armados norte-americanos, e sua derrubada é considerada uma realização significativa para a defesa aérea.

Um dos navios alvos pertence a uma empresa que violou o embargo e entrou em portos sionistas e foi alvo como parte da quarta fase.

Os norte-americanos estão tentando obstruir a quarta fase de escalada e estão trabalhando com muitos meios e atividades, mas falharão.

Estamos, pela graça de Deus, em um processo contínuo de desenvolvimento, e nossa coordenação com os irmãos no Iraque terá uma contribuição adicional.

Nossas operações diretas a partir do território iemenita terão um impacto significativo, se Deus quiser, e há boas notícias chegando, e elas testemunharão um grande, significativo e influente ímpeto.

Os impactos econômicos sobre os Estados Unidos e a Grã-Bretanha continuam com o aumento dos preços e dos custos de transporte, pois a maioria das mercadorias é transportada por mar

A intransigência norte-americana e britânica e a insistência no cerco ao povo palestino são as razões dos impactos que estão enfrentando.

A mobilização militar e o treinamento atingiram bons níveis, com o número de treinados chegando a 327.105.

A posição de nosso povo não enfraquecerá com o tempo ou diante da escalada do inimigo, e não será confundida pelas ações daqueles aliados com a América.

O que fizemos até agora em apoiar a Palestina é o máximo que podemos, mas o que nosso povo deseja é maior.

Sempre desejamos que houvesse rotas terrestres que permitissem que centenas de milhares de nosso povo se juntassem à luta na Palestina.

Peço ao nosso querido povo que participe da marcha de um milhão de homens amanhã na capital, Sana, e em outras províncias. Nosso povo sairá de uma maneira honrosa para expressar sua resistência, lealdade e sinceridade com Deus Todo-Poderoso, com Seu Mensageiro e com sua nação, principalmente a Palestina.

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