O líder do partido iemenita Ansar Alá, Sayyed Abdul-Malik Badreddine al-Houthi, fez seu discurso semanal na quinta-feira (28) em preparação para as marchas e manifestações de solidariedade que ocorrem todas as sextas-feiras, onde mais uma vez reiterou o apoio de seu país à causa palestina.
Sayyed Abdul-Malik al-Houthi abordou os últimos desenvolvimentos e atualizações na guerra de genocídio liderada pelo regime de ocupação israelense e pelos Estados Unidos na Faixa de Gaza, enfatizando que “Israel” estava “cometendo todo tipo de crimes em Gaza a sangue-frio”.
“A tragédia está crescendo e os crimes estão se tornando mais brutais, e o que está acontecendo em Gaza é uma vergonha para a humanidade e um aviso para todos sobre os perigos da entidade sionista e da tendência colonialista norte-americana selvagem”, destacou al-Houthi.
“Não se regozijem nos crimes”, disse ele ao regime israelense e aos colonos. “Eles estão levando vocês mais rapidamente ao caminho da extinção inevitável, e vão varrer vocês da terra da Palestina”.
“O tempo de controle, colonialismo e escravização dos povos através do genocídio chegou ao fim”, ele enfatizou.
Dirigindo-se aos Estados Unidos, Sayyed al-Houthi alertou Washington de que “se persistirem [na agressão], as consequências serão maiores e mais perigosas, e o exército de seu protegido, Israel, está enfrentando um escândalo histórico”.
Reino Unido fracassou, assim como os EUA
Fazendo referência ao fracasso do Reino Unido em seus ataques contra o Iêmen, a potência colonial da qual o país obteve independência, ele disse: “vocês herdarão decepção e derrota da Grã-Bretanha”.
Os EUA e “Israel” estão coordenando no terreno “para matar os deslocados [em Gaza] enquanto estão indo buscar ajuda”, o que reflete “a brutalidade dos EUA em Gaza”, o que “deve dar origem a um despertar na consciência dos povos” sobre a natureza malévola de ambas as entidades.
Em relação às violações em andamento cometidas pela ocupação israelense na Faixa de Gaza, Sayyed al-Houthi destacou como o regime israelense forçou o povo palestino a “escolher entre a morte por inanição, por epidemias ou por assassinato”, pois “o inimigo declara uma área como segura e depois a ataca quando as pessoas se reúnem nela, como aconteceu esta semana no campo de al-Mawasi”.
Ele também abordou o fracasso da ocupação israelense em “criar uma divisão entre os clãs e os combatentes da Resistência”.
Hesbolá altamente eficaz
Em relação aos fronts que apoiam a resistência em Gaza, Sayyed al-Houthi enfatizou que as operações do Hesbolá “têm um grande impacto na zona industrial do inimigo no norte da Palestina ocupada”. O front iemenita continua sendo eficaz também, observou ele, com 86 navios atingidos até agora.
“O impacto dessas operações militares no mar, assim como na Palestina, e a incapacidade do inimigo de detê-las, agora são muito claros, e o inimigo admitiu isso”, acrescentou Sayyed al-Houthi.
Quanto à agressão EUA-Reino Unido ao Iêmen, o líder do Ansar Alá considerou que a Marinha dos EUA “não alcançou esse nível de humilhação desde o século XIX”.
Militares dos EUA em frangalhos
“O estado precário da Marinha dos EUA é resultado da intransigência de Washington e de sua recusa em aceitar a solução correta e justa, que é parar a agressão, os crimes e o cerco à Faixa de Gaza”, destacou o líder iemenita.
“Os norte-americanos e britânicos se meteram em apuros com o regime israelense no Mar Vermelho, apesar dos preços crescentes de mercadorias, transporte e seguro que estão incorrendo.”
“Eles ainda estão em confronto militar com parte de nossas forças armadas, então podem imaginar a situação em que estariam se estivessem envolvidos em qualquer ataque terrestre que envolvesse centenas de milhares de [iemenitas] heróis”, ele enfatizou.
Sayyed al-Houthi confirmou o fracasso da agressão dos EUA ao Iêmen, apesar “da intenção dos EUA de continuar a agressão, que culminou até agora em 13 ataques ao Iêmen, de ataques aéreos a bombardeios navais”.
Essa agressão, “contribuirá apenas, involuntariamente, para o desenvolvimento das capacidades militares [do Iêmen]”, explicou ele.
Ele também reafirmou a firmeza do povo iemenita e sua adesão contínua às suas posições, apesar das ações hostis e da pressão que tentaram ser exercidas sobre eles ao privá-los da ajuda distribuída pela ONU.



