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Iêmen

Ansar Alá: ‘influência hegemônica’ dos EUA nos mares acabou

Neste domingo, dia 25 de fevereiro, o Ministro da Defesa do Iêmen em Saná declarou que a era da “influência hegemônica” nas águas internacionais acabou.

Neste domingo, dia 25 de fevereiro, o ministro da Defesa do Iêmen declarou que a era da “influência hegemônica” nas águas internacionais acabou. A declaração foi realizada na cerimônia de formação de cadetes em Hoideidah, onde o major-general Mohammed al-Atifi, também afirmou que: “os EUA, Londres e Israel têm de perceber que o controle sobre a geografia e a reivindicação da tutela dos mares se tornou uma abordagem rejeitada e indesejável”.

Crise no domínio imperialista

As afirmações de Mohammed refletem uma realidade. O domínio do imperialismo sobre as águas internacionais foi posto em xeque pelas forças dos Ansar Alá. O oficial foi objetivo, colocando a segurança e par navegação na região a exceção expressa das embarcações de domínio imperialista.

“Reafirmamos que as Forças Armadas do Iêmen não terão como alvo quaisquer navios que não sejam afiliados ao inimigo sionista nem sirvam os seus interesses. A navegação marítima de navios através do Mar Vermelho e do Mar da Arábia é segura”, declarou Mohammed.

“Saná está comprometida com todos os tratados e convenções internacionais que não infringem a dignidade e a soberania do Iêmen nem a sujeitem à hegemonia e a mandatos estrangeiros”. Completou Mohammed.

Esse fato demonstra a fragilidade da dominação imperialista na região e a conseguinte crise no regime de dominação imperialista, que teve seus interesses bloqueados na região pela atuação dos Ansar Alá.

O Iêmen, com os dados de 2017, é um país de apenas 527 mil km², com aproximadamente 28 milhões de habitantes, sendo o 46º maior PIB do mundo, com míseros US$85 bilhões. Em comparação, o Iêmen tem um PIB próximo do 6º maior PIB entre os estados brasileiros, o de Santa Catarina, e a população de Santa Catarina somada a de Minas Gerais, distribuídos numa área menor que o território da Bahia.

O PIB per capita brasileiro em 2017 era de US$9.896,68, um montante 3,5 vezes superior ao do Iêmen. Não resta duvidas de que o Iêmen seja uma nação economicamente muito pobre, baseada na exploração de recursos naturais com pouco valor agregado. O principal produto de sua economia, representando 65,3% dela, é a produção de petróleo bruto, seguida pela mineração de ouro, com fatia de 5,67% da economia.

O país acaba enfrentando considerável escassez de recursos hídricos, sendo o país mais pobre do Oriente Médio. Na atualidade, 80% dos iemenitas necessitam de ajuda humanitária, com um contingente de 360 mil crianças abaixo dos cinco anos em estado de desnutrição grave.

Mesmo que pequeno em extensão, população ou economicamente, o Iêmen é um gigante encarando o imperialismo. Essa nação torna-se gigante na bravura do seu povo lutando pela soberania. Defende os irmãos palestinos, vítimas da barbárie sionista. 

“Enquanto as atrocidades dos sionistas continuarem em Gaza, continuaremos as nossas operações contra a entidade usurpadora. Washington ajudou e encorajou a entidade sionista a avançar com a sua guerra genocida contra os nossos irmãos e irmãs palestinos”, afirmou Mohammed.

Se o Hamas e os combatentes palestinos são um exemplo para a humanidade, não podemos falar diferente dos combatentes iemenitas.

Desde novembro de 2023, Saná lançou uma série de operações contra “Israel” e seus parceiros, em apoio a Gaza. Desde então já foram realizadas dezenas de operações nos Mares Vermelho e Arábico, e contra alvos militares israelitas na entidade de ocupação.

A beligerância contra “Israel” foi estendida a seus parceiros na coligação marítima, os EUA e o Reino Unido. Assim, todas as embarcações israelenses, norte-americanas e britânicas foram classificadas como alvos legítimos.

Ainda segundo o porta-voz das Forças Armadas do Iêmen (YAF), Brigadeiro Yahya Saree, foram realizadas três operações militares de alto nível.

A primeira operação foi realizada contra diferentes alvos israelenses em Umm al-Rashrash “Eilat”, no extremo sul da Palestina ocupada. Nesta operação, foram utilizados drones e mísseis balísticos. 

A segunda operação consistiu num ataque efetivo das forças navais iemenitas contra o navio UK ISLANDER no Golfo de Aden. Foi relatado como resultado ao menos um incêndio a bordo da embarcação. 

A terceira operação foi um ataque coletivo, com vários drones, a um destróier norte-americano no Mar Vermelho.

Ainda segundo o Ministro da Informação do governo de Saná, Daifallah al-Shami, os militares dos Estados Unidos estão “surpreendidos e espantados” com as capacidades que as Forças Armadas do Iêmen possuem. Al-Shami ainda sublinhou que se a agressão israelita na Faixa de Gaza não for interrompida, Saná tomará “medidas de escalada”, prometendo “novas surpresas”.

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