A partir de 2025, todas as escolas do Brasil, públicas e privadas, serão obrigadas a ensinar sobre as “contribuições das mulheres à humanidade”. O currículo do ensino fundamental e médio deverá incluir temas que destaquem as experiências femininas em diversas áreas, como ciência, artes, cultura, economia e política, tanto no contexto brasileiro quanto mundial. É a tradicional política identitária. A questão é, falarão da luta das mulheres ou sobre o “empoderamento”?
A resposta é clara, basta ver a origem do projeto. A PL foi proposta pela deputada Tabata Amaral (PSB) e relatado no Senado pela senadora bolsonarista Soraya Thronicke. Tabata Amaral ressaltou que a semana comemorativa “é uma oportunidade de romper com preconceitos históricos que restringem as mulheres a papéis tradicionais”. Ela acredita que “ao ensinar sobre as contribuições femininas, a lei poderá inspirar as novas gerações e ajudar a quebrar barreiras que desencorajam as meninas a perseguirem carreiras de destaque”.
Não está nem escondido, é uma política da direita, inclusive dos bolsonaristas. Usam a mulher em posição de destaque para defender a opressão de todas as mulheres. Os exemplos são Margareth Thatcher, Hillary Clinton, Kamal Harris, a latifundiária Simone Tebet ou a própria boneca do Itaú, Tabata Amaral.
A real libertação da mulher se dá por sua luta. Se as escolas ensinarem sobre a luta do movimento operário, e forem também um espaço de luta, isso será muito mais importante para as mulheres do que qualquer ensino identitário.