A Sony, uma das mais populares desenvolvedoras de jogos de videogame do planeta, está sofrendo uma série de prejuízos m virtude da política identitária. O fracasso mais recente está na conta do Concord, um jogo de tiro multiplayer em primeira pessoa, que levou oito anos para ser criado. Após cerca de 200 milhões de dólares investidos, o jogo teve uma estreia pífia: menos de mil jogadores participaram de seu lançamento.
Concord decidiu entrar em um mercado que, embora muito lucrativo, é muito concorrido: o jogo de tiro com heróis. Para que desse certo, seria preciso atrair novos jogadores com algo único, inovador – o que claramente não conseguiu fazer.
Em vez disso, Concord ofereceu designs de personagens bizarros, que, de acordo com o órgão russo Russia Today (RT), pareciam ter sido copiados diretamente “de algum manual de DEI (Diversidade, Equidade, Inclusão) – personagens sem identidade marcante, exceto por ecoar todos os pontos de diversidade que ouvimos diariamente”.
Entre as críticas, está a de que a Sony teria feito um robô assassino parecer “um barril amarelo sem graça e nada atraente”! Com heróis nem um pouco atrativo, os jogadores nem mesmo demonstraram interesse de conhecer os demais aspectos do jogo. O fracasso foi tão grande que a Sony acabou retirando se investimento de mais de um bilhão de reais das lojas e reembolsando todas as compras.
“Ninguém quer olhar para personagens mal projetados, cujo único propósito é não ofender ninguém com sua raça, tipo de corpo e paleta de cores”, criticou a RT. “Não há problema em tornar seus personagens verdadeiramente inclusivos – para destacar culturas, identidades ou aparências menos conhecidas. Mas se a raça ou identidade do seu personagem é seu único traço notável, ninguém vai querer se associar a ele ou vê-lo na tela por horas a fio”.
O caso da Sony é parte de uma discussão mais ampla. Recentemente, a Warner Bros cancelou um filme da personagem Batgirl, após já ter investido 100 milhões de dólares, porque seus produtores acharam que seria um fracasso de público. A Marvel lançou o filme Madame Teia, que foi um fracasso total, e a série Mulher-Hulk, que também não teve adesão. Uma vez mais, a causa foi o identitarismo.
O que tem se visto em todo o mundo é uma tentativa de fazer uma doutrinação ideológica contra a vontade das pessoas. A princípio, qualquer um tem o direito de defender a sua ideologia, mas fato é que o que vem sendo feito pelos identitários é uma pressão histérica para que as produções defendam a sua política. Essa imposição não poderia resultar em algo que não fosse um desastre.