No dia sete de outubro de 2023, o Hamas e outras organizações da Resistência palestina lançaram uma série de ataques, numa ação considerada a maior derrota militar sofrida por “Israel” nos últimos 75 anos. Esse avanço permitiu ao Hamas reforçar sua posição e iniciar negociações para a troca de reféns sionistas capturados, buscando a libertação de prisioneiros palestinos encarcerados há décadas, em condições precárias e desprovidas de quaisquer direitos. Entre os detentos em questão estão líderes da Resistência: Abdullah Barghouti, Abbas Al-Sayedi, Ibrahim Hamed, Ahmad Sadaat e Mohammed Arman, todos eles condenados por “Israel” a longas penas de prisão sob acusações de envolvimento com “atividades terroristas”.
A situação desumana nas prisões sionistas
Muitos dos prisioneiros mantidos por “Israel” estão submetidos à tortura, com violações recorrentes de seus direitos mais elementares. Entre eles, Abdullah Barghouti se destaca, condenado a mais de 5.200 anos de prisão, uma pena escatológica, ilustrando a criminalização extrema de membros da Resistência. A situação dos prisioneiros palestinos detidos desde a Primeira e Segunda Intifadas permanece sem resolução e é uma das questões centrais nas negociações atuais.
É importante ressaltar que, segundo a ONG Human Rights Watch, existem cerca de 5.000 prisioneiros políticos presos, sendo que a maioria dos quais não faz parte da Resistência armada. São torturados e cumprem penas extraordinárias pelo simples fato de apoiar a Resistência.
Ibrahim Hamed: Da Segunda Intifada ao Dilúvio de Al-Aqsa
Ibrahim Hamed, ex-comandante da ala militar do Hamas na Cisjordânia durante a Segunda Intifada, é um dos nomes mais proeminentes nas discussões sobre a troca de prisioneiros. Durante o conflito, Hamed foi responsabilizado por “Israel” por coordenar ataques e ações de resistência que resultaram na morte de sionistas. Considerado culpado pelo Tribunal Militar de “Israel”, supostamente pelo assassinato de 46 “civis”, ele recebeu oito acusações adicionais de tentativa de homicídio e, em 2006, foi condenado a múltiplas penas de prisão perpétua. Em 2003, “Israel” destruiu sua casa e deportou sua família para a Jordânia, intensificando a repressão sobre ele. Hamed optou por não testemunhar em seu julgamento e se recusa a reconhecer a legitimidade do tribunal sionista, postura que reflete a visão de muitos palestinos sobre o sistema judicial de “Israel”.
Ibrahim Hamed, descrito pelo ex-ministro da Segurança Interna de “Israel” e ex-diretor do Shin Bet, Avi Dichter, como um “arqui-terrorista”, foi acusado pelo planejamento de “atentados”, incluindo o ataque de dezembro de 2001 na Praça Sion, em Jerusalém, e o atentado em março de 2002 no Café Moment, também em Jerusalém. As acusações também incluem ataques em outros locais emblemáticos, como a Universidade Hebraica e o Café Hillel. A condenação de Hamed é considerada uma amostra da repressão sionista contra líderes da Resistência palestina e da tática de longas penas de prisão aplicadas para conter os movimentos que contestam a ocupação.
Após os eventos de sete de outubro de 2023, o Hamas propôs uma troca de reféns sionistas capturados por prisioneiros palestinos que resistem desde as Intifadas. O governo nazi-sionista, no entanto, mostra resistência a essa proposta, preferindo manter o genocídio. Apesar de discussões sobre uma trégua temporária, que incluiria uma pausa nos combates e a ampliação da ajuda humanitária à Faixa de Gaza, o governo Netaniahu se opõe a liberar prisioneiros palestinos. A troca de reféns é vista pelo Hamas como uma oportunidade de pressionar por uma negociação mais abrangente que inclua a libertação de presos e uma redução da ocupação militar.
Resistência caminha para a vitória!
Os prisioneiros que lutaram por uma Palestina Livre no início dos anos 2000, estão sendo contemplados com a maior operação militar contra a ocupação sionista já vista. A crise do imperialismo é terminal, e os combatentes do Hamas estão impondo uma derrota histórica aos nazistas do século XXI. As Intifadas foram o início da resistência, antes com pau e pedra, hoje com mísseis, drones e outros artifícios. O próprio Movimento de Resistência Islâmica — Hamas surge neste período e hoje cava a cova da ocupação mais bárbara, covarde e nazista dos tempos modernos. Todos os mártires e combatentes serão lembrados como revolucionários.